sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Bento XVI destaca unidade da Igreja durante Celebração

Papa beija relíquia dos Evangelhos durante Celebração Ecumênica na Abadia de Westminster
Bento XVI presidiu uma Celebração Ecumênica na Abadia de Westminster na tarde desta sexta-feira, 17, às 18h15min (14h15min em Brasília). Em seu discurso, o Papa fez memória da história da Inglaterra, "profundamente imbuída com a pregação do Evangelho e da cultura cristã".

Ele é o primeiro Papa a entrar neste local, que pertenceu aos monges beneditinos por mais de 600 anos e, após o cisma de 1534, tornou-se propriedade da Igreja Anglicana. Durante a celebração, o Pontífice recordou que a unidade da Igreja nunca pode ser outra coisa senão a unidade na fé apostólica.

O Pontífice recordou o centenário da Conferência Missionária de Edimburgo: "Damos graças a um progresso notável em tão nobre finalidade, através dos esforços de cristãos comprometidos de todas as denominações. Ao mesmo tempo, estamos cientes do quanto ainda precisa ser feito".

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"Em um mundo caracterizado por uma crescente interdependência e solidariedade, temos o desafio de proclamar, com renovada convicção, a realidade da nossa reconciliação e libertação em Cristo, e propor a verdade do Evangelho como a chave para um autêntico desenvolvimento integral e humano. Em uma sociedade cada vez mais indiferente ou mesmo hostil à mensagem cristã, somos obrigados a dar uma explicação convincente da alegria e esperança que há em nós (cf. 1 Ped 3,15)", ressaltou.

O Santo Padre disse que a fé apostólica é quela confiada a cada novo membro do Corpo de Cristo durante o rito do Batismo. E contextualizou: "Esta é a fé que nos une a Deus, que nos faz participantes do Espírito Santo e, portanto, participantes na vida da Santíssima Trindade, modelo da koinonia da Igreja neste mundo".


Caminho ecumênico

O Santo Padre afirmou estar consciente dos desafios, bênçãos, decepções e sinais de esperança que têm marcado o caminho ecumênico. Em oração, confiou tudo isso a Deus e advertiu quanto à necessidade da fidelidade à Palavra:

"A fidelidade à Palavra nos leva a uma compreensão mais profunda da vontade de Deus, uma obediência que deve ser livre de conformismo intelectual e acomodação fácil para as modas de tempo. Esta é a palavra de encorajamento que quero deixar e faço isso com lealdade para com o meu ministério de Bispo de Roma e Sucessor de São Pedro, encarregado de tomar um cuidado especial com a unidade do rebanho de Cristo".

Remeteu-se a São Beda, o Venerável, exemplo inglês a ser seguido, e considerou a necessidade de adequação do Evangelho à linguagem e cultura atuais. Concluiu exortando o povo a seguir o exemplo do santo para crescer na amizade e unidade. "Que o Senhor ressuscitado nos dê a graça de reparar as rupturas do passado e de enfrentar os desafios do presente com esperança", rezou.

Neste sábado, 18, o Papa prossegue sua visita apostólica. Terá um encontro com o primeiro ministro, com o vice-presidente e com líderes da oposição no Palácio Arcebispal, presidirá a Missa na Catedral do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e visitará a casa de repouso St Peter's Residence. À noite, vai à vigília de oração para a beatificação do Cardeal John Henry Newman, no Hyde Park.

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