domingo, 27 de abril de 2014

O Papa Francisco canoniza São João Paulo II e São João XXIII

O Papa Francisco canoniza São João Paulo II e São João XXIII



VATICANO, 27 Abr. 14 / 11:14 am (ACI).- Com a leitura da fórmula própria do rito de canonização, nesta manhã o Papa Francisco declarou como santos São João Paulo II e São João XXIII, em uma cerimônia histórica e sem precedentes na qual estiveram reunidos quatro Pontífices, com a participação do Sumo Pontífice Emérito Bento XVI.

Em uma Praça de São Pedro totalmente lotada desde as primeiras horas da manhã, o Santo Padre presidiu a missa na qual já se rezaram as ladainhas dos santos e na qual o coro e a multidão entoaram os hinos dedicados a ambos.

Logo o Papa Francisco escutou o pedido do Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, quem, de acordo com o rito da canonização, solicitou três vezes que sejam declarados santos João Paulo II e João XXIII.

Depois de escutar a “tertia petitio”, Francisco pronunciou a fórmula da canonização com a qual João Paulo II e João XXIII foram declarados santos neste Domingo da Misericórdia, a mesma ocasião em que em 2005 faleceu o Papa polonês.

Esta é a fórmula que o Papa leu para canonizar São João Paulo II e São João XXIII

“Em honra da Santíssima Trindade,
para exaltação da fé católica
e incremento da vida cristã,
com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo,
dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a nossa,
após ter longamente refletido,
invocado várias vezes o auxílio divino
e escutado o parecer dos nossos irmãos no episcopado
Declaramos e definimos como santos os beatos
João XXIII
e João Paulo II
e os inscrevemos no Catálogo dos Santos,
e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

domingo, 6 de abril de 2014

Brasileiros dizem “não” a projeto de lei que introduz a ideologia de gênero na educação

Brasileiros dizem “não” a projeto de lei que introduz a ideologia de gênero na educação



REDAÇÃO CENTRAL, 05 Abr. 14 / 07:02 pm (ACI).- Em entrevista a ACI Digital, Prof. Hermes Rodrigues Nery, especialista em Bioética e membro da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, fala da oposição dos brasileiros ao PNE (Plano Nacional de Educação), que busca que a divulgação ideologia de gênero seja uma das diretrizes  fundamentais da educação em todo o país.
O perito explica também os riscos para as famílias e estudantes brasileiros contidos no projeto, que será vota na terça-feira, 8, poderia trazer. Segundo o Prof. Nery, “o Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece as diretrizes e metas da educação brasileira para os próximos dez anos, norteando o conteúdo e as metodologias de ensino em todo o País, com instrumentos legais para exigir dos professores, diretores e também donos de escolas particulares a cumprirem o que está determinado no referido PNE”.
Com a aprovação do PNE, o Ministério da Educação (MEC) passaria a produzir materiais didáticos, livros, cartilhas, DVDs, etc. (inclusive já fazem atualmente), promover atividades, workshops, capacitações, para que todos aceitassem o anarquismo da ideologia de gênero, sob o amparo da lei. “Com isso, os professores serão obrigados a concordar com uma ideologia eivada de equívocos, e de efeitos sociais danosos, e terão de repetir a cartilha igualitária do MEC se quiserem sobreviver. E as escolas particulares que questionarem o conteúdo ideológico imposto, sofrerão sanções. A forma de fechar o cerco e acuar todos na redoma será criar e consolidar o Sistema Único de Educação, para garantir a uniformização do pensamento na rede de ensino”, acrescentou.
“Ao incluir a ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação, o governo do PT (a exemplo do que já expôs no PNDH3), visa utilizar todos os meios e recursos para disseminar a agenda do feminismo radical, assumida pela ONU, para intensificar o processo de desmonte civilizacional, de modo especial os princípios e valores da cultura ocidental, de tradição judaico-cristã. É, portanto, uma agenda anticristã inclusa no PNE, com a ideologia de gênero, que, sendo aprovado, será executada por toda a rede de ensino do País”, explicou o acadêmico e líder pró-vida.
“O governo do PT sabe que para fazer a revolução cultural que pretende, precisa instrumentalizar toda a rede de ensino para seus fins de perversão, fazendo dos professores escravos de uma ideologia, obrigados a ensinar e doutrinar as crianças, desde a mais tenra idade, de que a identidade sexual não pode estar condicionada a um determinismo biológico, pois que seria uma construção sócio-cultural, e não pode haver diferenças também nesta dimensão relacional, pois – para elas – as diferenças acentuam lógicas de dominação e poder”, explicita.
“O próprio relator do PNE na Câmara, deputado Angelo Vanhoni, afirmou em entrevista à TV Canção Nova, que a escola é o espaço privilegiado para a transformação dos valores. Espaço este que o governo quer tomar de vez para promover a sua revolução cultural, anti-cristã e inteiramente desumana”, disse Prof. Hermes, que também assinalou que o perigo da ideologia de gênero para os estudantes e famílias brasileiras é o fato de que esta “nega  a natureza humana e fere profundamente a humanidade do homem e da mulher, que deixam de ser complementares, pois, para os ideólogos de gênero, a identidade sexual não é um dado natural, mas uma construção sócio-cultural, que pode ser manipulada” .
“Como vemos –concluiu o Prof. Rodrigues Nery- incluir a ideologia de gênero no PNE é permitir que o governo do PT avance em seu programa socialista, utilizando o próprio parlamento para seus fins revolucionários. Agora, não mais pelas armas, mas de modo sutil e sofisticado, por dentro das estruturas, corroendo-as por dentro”.
As formas de participação contra o PNE são as seguintes:
a) assinatura em uma plataforma específica no http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado
b) ligação gratuita pelo telefone 0800 619 619. Tecla “9” pedindo a rejeição à ideologia de gênero em nosso sistema educacional.

sábado, 5 de abril de 2014

“Jovens; aprendam de Anchieta”, exorta vice-postulador da causa do novo santo do Brasil

“Jovens; aprendam de Anchieta”, exorta vice-postulador da causa do novo santo do Brasil






Rio de Janeiro, 04 Abr. 14 / 04:59 pm (ACI/EWTN Noticias).- Nesta sexta-feira, 4, o Pe. Cesar Augusto dos Santos, SJ., vice-postulador da causa de canonização de José de Anchieta e responsável pelo programa brasileiro da Rádio Vaticano, falou em entrevista a ACI Digital sobre a devoção dos brasileiros ao Pe. Anchieta, o apostolado deste missionário jesuíta no campo da evangelização da cultura e animou os jovens brasileiros a aprenderem de seu ardor e modelo de santidade.

Falando sobre a canonização equipolente e o tema do segundo milagre usualmente requerido para a elevação aos altares na qualidade de santo, Pe. César explicou que “esta forma de canonização não dispensa o segundo milagre. Ela não se atém a isso, ao contrário, procura saber sobre a antiguidade da devoção, sua permanência durante séculos e sua amplidão”.
“Por exemplo: no caso do Papa João XXIII, foi dispensado esse milagre e sua canonização será a que estamos acostumados a presenciar e não a equipolente. No caso de José de Anchieta, sua devoção entrou no V século e, nem mesmo a ação do Marquês de Pombal em expulsar os jesuítas do Brasil, possibilitou a interrupção dessa devoção”, esclareceu.

Falando sobre o amor e devoção dos brasileiros ao missionário que recebeu o título de Apóstolo do Brasil no dia de sua missa de corpo presente, o sacerdote afirmou: “Ao fazer a pesquisa da amplidão da devoção de Anchieta em todo o Brasil, fiquei admirado em saber que em cada Estado da Federação, temos pelo menos 50 devotos. O número de igrejas, capelas, altares, monumentos, instituições escolares, hospitalares, ruas, edifícios que são dedicados ou possuem o nome de Anchieta é grandioso, sem falar nomes de pessoas e de famílias”, acrescentou.

Falando especificamente sobre o processo de canonização, Pe. Cesar afirma: “tivemos o cuidado de verificar que esses sinais de devoção a Anchieta fossem posteriores à Beatificação. Não contamos o antes, mas apenas o depois”.

Ao ser perguntado sobre a quantidade de testemunhos de graças alcanças, o jesuíta foi enfático: “Houve muitas, mas muitas graças mesmo”.

“Nos cinco anos em que mantivemos o escritório da Vice-Postulação, recebemos cerca de 300 cartas por mês, sem contar os e-mails. Eram pequenas graças, graças importantes e graças que se assemelhavam a milagres. A maioria tratava de saúde, emprego e relacionamento. Recordo-me de algumas relacionadas a câncer de pele, gravidez e acidentes”, sublinhou o padre.

Partilhando seu testemunho de ter acompanhado o processo de São José de Anchieta nas suas últimas fases, Pe. Cesar expressou: “Minha experiência é a de que a ação de Deus é maravilhosa. Você percebe como Deus foi bom em criar alguém como José de Anchieta, conservá-lo nessa bondade e colocá-lo junto a nós, em nosso Brasil, em nossa terra”.
“Ainda não conhecemos José de Anchieta. Cada vez que leio suas cartas, reflito sobre sua vida, aprendo algo novo”, assinalou.

Outro aspecto da vida do santo que Pe. Cesar ressaltou em sua entrevista foi o apostolado na Evangelização da cultura do Brasil.

“José de Anchieta começou sua ação missionária escrevendo a gramática da língua tupi, dando registro gráfico e estruturando o idioma indígena.; também o teatro de Anchieta, influenciado por Gil Vicente, foi totalmente marcado pela cultura indígena com cantos, danças e adereços; não poderemos nos esquecer da absorção da medicina indígena no uso de ervas, raízes e argila; enfim, ele foi o Mestre de Piratininga, o escritor de cartas, conhecedor de nossa ecologia – veja-se a Carta de São Vicente na qual fala de modo impressionante de nossa fauna, flora, acidentes geográficos, firmamento e estações. Podemos dizer que Anchieta está no início de nossa cultura”, declarou.

Concluindo sua entrevista, Pe. Cesar enviou uma especial exortação aos jovens católicos do Brasil: “Aprendam de Anchieta: ele, um jovem europeu e doente, que chegou a um Brasil Colonial bastante
Inóspito, (...) e que não se intimidou com os desafios, mas amou a terra que Deus lhe dava e tirou de seu coração todo o amor necessário para vencer as dificuldades e cumprir sua bela missão”.

“Nossa juventude encontra muitos e tremendos desafios, mas se der vazão ao amor que está dentro de si, se aceitar ser humano e enfrentar com dignidade todos os desafios, ela multiplicará José de Anchieta e teremos muitos novos e novas Anchietas”, concluiu.