sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dom João explica que é "preciso morrer" para dar frutos

Dom João explica que é "preciso morrer" para dar frutos

Kelen Galvan
enviada especial a Brasília


Sávio Gabatel
Dom João Bosco Oliver de Faria, Arcebispo de Diamantina (MG)
A Santa Missa desta sexta-feira, 7, na Assembleia da CNBB, foi em memória dos bispos falecidos. Logo no início da Celebração Eucarística alguns bispos acenderam uma vela, no Círio Pascal, representando cada um dos bispos que faleceram desde a última assembleia e destacando seus feitos. Presidiu a Eucaristia o Arcebispo de Diamantina (MG), Dom João Bosco Oliver de Faria, e concelebraram o Bispo de Nova Hamburgo (RS), Dom Zeno Hastenteufel, e o Bispo de Santos (SP), Dom Jacyr Francisco Braido, CS.

"Nós que vamos morrer rezamos pelos nossos irmãos mortos", declarou Dom João em sua homilia. Ele refletiu que "nossos irmãos [bispos] morreram e quase não morreram, porque deixaram, depois de si, pessoas e sacerdotes semelhantes a eles".

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Todos nós temos em nossa história de cristãos um bispo que fez parte de nossa vida, seja na Crisma ou em outra circunstância, assim como também os sacerdotes ordenados por esses bispos, e "todos continuamos a trazer a presença deles na história da Igreja", explicou.

O prelado exemplificou isso recordando que, entre as árvores floridas do Brasil, existe o pessegueiro, uma árvore de beleza ímpar. "Como seria bom se ela pudesse ficar florida o ano todo, mas é necessário que as flores caiam para que venham os pêssegos", e afirmou que "assim também esses irmãos que deram a vida por amor à Igreja irrigaram o 'grão do trigo', por eles plantados, com suas lágrimas. Sobretudo as lágrimas escondidas diante do Sacrário. Também os casados que sofrem querendo o bem dos filhos. Essas lágrimas fecundam o testemunho de vida, elas serão transformadas em diamantes preciosos, que receberemos de Deus, no Céu".

E concluiu exortando aos bispos que "se tivermos que derramar lágrimas pela Igreja não podemos fugir delas, porque elas são a garantia da fecundidade do nosso ministério". Pedindo a Deus que "nos conserve para que possamos nos imolar pela Igreja até que Jesus nos chame".

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