quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Varinha do Mal

“Enfim, fortalecei – vos no Senhor, no poder de Sua força; revesti – vos da armadura de Deus, para que possais resistir as ciladas do Diabo.” (Ef 6,11)

A "Varinha do Mal'...
Imagem G1

Há dias atrás saiu uma reportagem no G1 (para ler a matéria completa clique AQUI) sobre uma mãe que ficou chocada com o brinquedo que comprou para sua filha…O brinquedo em si já tinha um nome indicativo de que aquilo já não era algo bom, o mesmo se chamava: “Varinha do Mal“. Ao abrir o brinquedo e retirar um adesivo que se encontra nessa “Varinha do Mal” a mãe ficou chocada com o que viu: Uma imagem, uma fotografia de uma menina, parecida com algo diabólico, que estava com uma faca cortando o seu pulso!! Realmente é uma imagem que choca, e verdadeiramente diabólica, pois é notável o sorriso que se encontra nessa menina, enquanto ela corta seus pulsos…
Se você assistir ao vídeo que esta em Inglês também no site, você notará que o papel que a mãe tirou da “Varinha do Mal” é como aqueles papeis que simulam um espelho, que reflete a imagem da pessoa que estiver olhando para ele. E propositalmente, a imagem Diabólica se encontra por detrás desse papel. É como se você a pessoa que está com a varinha olhasse na verdade diretamente para a imagem diabólica que esta por detrás do papel…Quem pensou nisso, pensou também de maneira Diabólica…Pois uma vez que o papel reflete a imagem da criança, certamente ela ficará olhando por algum tempo para ela mesma, quando na verdade por detrás disso há uma mensagem Diabólica…
Diabólica ao ponto de colocarem uma menina com características Malignas, tentando um suicido, cortando o seu pulso esquerdo com uma faca…
O que na realidade a pessoa que criou isso tem como intenção, sem duvida, de incentivar a criança ao suicídio por meio de uma intervenção Maligna, Satânica! Não vejo diferença disso em relação a um Maleficio, que se faz quando se procura um pai de santo, um bruxo, um vidente, ou se procura outras seitas para fazerem ‘trabalhos‘ que pedem a intervenção de entidades diabólicas.
E ai voce pode me perguntar: Isso funciona? Há um real perigo disso atingir uma criança?
E preciso ser muito sincero: Há um grande perigo!
É uma intervenção que a pessoa esta pedindo através do Demônio. Há intervenções que pessoas pedem para destruir famílias, casamentos, trabalho; mas há intervenções que pessoas pedem que o Demônio realmente destrua vida delas. Como o Demônio nao pode matar diretamente uma pessoa, ele se utilizada de recursos para fazer com que este tipo de coisas aconteça; incluso a motivação de um suicídio.
Não somos radicais quando tratamos de frisar que há perigos reais quando mexemos com realidades do Ocultismo ou do Mal
Ha coisas, situações, livros, brinquedos, musicas e etc; que tratam diretamente de uma ação e intervenção do Maligno, e as pessoas acreditam que nao faz mal nenhum; ou que é normal…Ou que esse tipo de coisa não vai afeta – las, mas isso é um erro, um terrível erro…
Antigamente, quando os verdadeiros Satanistas agiam em seus rituais, era algo sempre camuflado, pois temiam ser rejeitados e coisas do tipo. Hoje em dia não é mais assim, e as coisas tem se tornado cada vez mais publicas, e eles nao tem mais receio de se mostrar e mostrar no que acreditam e fazem!
Portanto, não se deixe enganar e não permita que você ou seus filhos tenham ou adquiram objetos ou presentes que tem desde a sua criação algo já direcionado ao Mal. Neste caso da materia, já se tratava de uma ‘Varinha do Mal“, mas hoje diversos brinquedos trazem a mensagem de Zumbis, Defuntos, coisas tenebrosas relacionadas a morte; livros de magia, desenhos e filmes que tem algo sempre relacionado com feitiçaria ou espiritismo e etc…
A grande verdade é que o Mal esta ai, à nossa frente; só não vê quem não quer!
Deus lhe abençoe!


http://blog.cancaonova.com/livresdetodomal/a-varinha-do-mal/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Aborto é coisa do passado, a moda nos EUA agora é o infanticídio explícito.

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Uma tendência observada por ativistas pró-vida próximos de estudantes universitários nos EUA, é a crescente aceitação do “aborto pós-nascimento”, ou seja, matar a criança depois que ele ou ela nasceram, afirmam líderes pró-vida ao “The Fix College”.

A evidência anedótica constatada por líderes dos grupos pró-vida como “Criados Iguais” e “Sobreviventes ao Holocausto do Aborto” disseram em entrevistas que não só eles vêem mais estudantes universitários que dizem apoiar o aborto pós-nascimento, mas alguns estudantes ainda sugerem que as crianças até 4 ou 5 de idade também podem ser mortos, porque eles ainda não são “auto-conscientes”.

“Nós encontramos pessoas que pensam que é moralmente aceitável matar bebês após o nascimento em quase todos os campus visitados”, disse Mark Harrington, diretor de “Criados Iguais”. “Enquanto este ponto de vista ainda é considerado absurdo pela esmagadora maioria das pessoas, a idéia está se tornando cada vez mais popular.”

Os campi onde ativistas locais e membros da equipe dos “Criados Iguais” encontraram estudantes com esta opinião incluem Purdue, da Universidade de Minnesota e a Universidade Central da Florida. No estado de Ohio, no início deste ano, o Grupo exibiu um debate entre um dos seus membros e uma senhora no campus que defendia claramente o infanticídio.

“Este é problema que surge quando se desvaloriza a vida humana em alguma de suas fases de desenvolvimento – e esta tendência crescerá e incluirá outras “categorias” de seres humanos; neste caso, já estão incluídos os seres humanos nascidos, bem como os seres humanos ainda não nascidos”. Disse Harrington: ” Eu conversei com um jovem na Universidade de Minnesota, que disse ser correto matar as crianças se fossem menores de 5 anos de idade, pois ele não as considerava pessoas até essa idade.”

Kristina Garza, porta-voz de “Sobreviventes do Holocausto do Aborto”, uma organização pró-vida, que muitas vezes distribui material anti-aborto nos campi ao longo da Costa Oeste, disse que seu grupo também encontra freqüentemente estudantes universitários que aceitam infanticídio.
“Para aqueles que são firmemente a favor do aborto sob qualquer condição, não é difícil achar normal e aceitar matar um ser humano mesmo após o seu nascimento”, disse Garza. “Há essa mentalidade comum no campus, que “tudo bem” matar bebês porque, de alguma forma, não somos humano até que sejamos auto-conscientes. A idade de consenso para isso é em torno de 4 anos de idade”, acrescenta ela.

Quanto à esta tendência, Garza disse que não há uma explicação clara para isso. No entanto,  argumentos apresentados por Peter Singer e outros filósofos que defendem o infanticídio são dados como tarefas de leitura para estudantes universitários.

Singer escreveu em 1979 que “os bebês humanos não nascem dotados de auto-conhecimento, ou capazes de compreender que existem ao longo do tempo. Eles não são pessoas … [portanto] a vida de um recém-nascido é de menos valor do que a vida de um porco, um cão ou um chimpanzé. “
“Ele vem dizendo coisas como esta desde os anos 70, mas somente agora este tipo de ideologia está sendo promovido nos campus universitários”, disse Garza. “Quando ele fez esta afirmação, houve um grupo seleto que o aceitou. Mas hoje em dia, nós nos tornamos tão insensíveis, e a maior parte dos estudantes universitários carecem de fibra moral e acabam aceitando facilmente esse estranho tipo de ideologia. “

Mas os grupos pró-vida presentes nos campi tem ajudado a transformar esta realidade e levado os estudantes para longe de mentalidade pró-escolha e outras tendências abortistas, acrescenta.

“Embora o número de alunos que acreditam não haver problemas com a matança de crianças após o nascimento esteja crescendo, o número de estudantes que aceitam que a vida humana começa na concepção também está crescendo, e está crescendo a uma taxa maior e mais rápida do que aqueles que aceitam o infanticídio, “, disse Garza.

“As tendências que observamos não é tanto uma questão dos alunos estarem com uma moral mais bem fundamentada, é que nós, como um movimento pró-vida estamos trabalhando para apresentar um argumento melhor, e estamos empurrando as pessoas para fora desta confusão”, disse ela. “Estamos vendo mais alunos que vêem a lógica e optam por ser anti-aborto”.
No entanto, a oposição firme à filosofia pró-vida continua.

Questionado sobre o incidente no estado de Ohio, em que uma mulher respondeu a uma exibição pró-vida defendendo o infanticídio, um grupo ativista pró-aborto do campus se pronunciou de forma semelhante à mulher do clipe.

Devin Deitsch, líder do VOX: Vozes para Planned Parenthood na Universidade Estadual de Ohio, disse em um e-mail para The Fix College: “Falando como o líder principal da VOX, garanto-vos que são muito pró-escolha”, Deitsch também notou. “… Nós não estamos aqui para defender as mulheres a fazer aborto, defendemos por sua capacidade de fazer essa escolha sem medo, apartes ou barreiras. Essencialmente, nós pedimos para uma mulher (e seu corpo) para ser respeitado. Nada mais, nada menos. “

O reporter da College Fix, Mairead McArdle, é aluno do Thomas Aquinas College.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Se alguém lhe perguntasse qual é o significado do dia 1º de janeiro, o que você diria?

5 fatos que talvez você não saiba sobre o dia 1º de janeiro

Ano novo? Ressaca do réveillon? Ou Solenidade de Maria, Mãe de Deus?

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Se alguém lhe perguntasse qual é o significado do dia 1º de janeiro, o que você diria?

A primeira coisa que provavelmente vem à sua mente é que é o primeiro dia do ano novo. Você também poderia dizer que é um dos maiores dias de ressaca de todo o ano. Se você conhece a sua fé católica, pode se lembrar ainda de que a Igreja, nessa data, homenageia Maria como Mãe de Deus. As três afirmações estão corretas. Mas será que há mais alguma coisa que podemos aprender sobre essa data?

Eu gostaria de destacar cinco fatos que muita gente não sabe sobre o dia 1º de janeiro:

1. O dia 1º de janeiro é a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. Uma solenidade é uma celebração litúrgica diferente dos dias de festa e de memória. Os três tipos de celebração honram os santos ou aspectos especiais de Jesus e de Maria, mas as solenidades constituem o grau mais elevado de celebração litúrgica, ficando reservadas para os mistérios mais importantes da Fé. As solenidades incluem a Páscoa, o Pentecostes, a Imaculada Conceição, os principais títulos de Jesus e os dias dos Santos de particular importância na história da salvação. As missas das solenidades têm os mesmos elementos básicos das missas de domingo, incluindo as três leituras, a oração dos fiéis, o Credo e o Glória. Algumas solenidades também são dias de festa de preceito, mas isto varia de país para país, de acordo com os padrões estabelecidos pelas conferências episcopais.

2. A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é comemorada na Oitava do Natal. O nome “oitava” se refere à antiga prática da Igreja de celebrar o Natal durante oito dias. É uma tradição que remonta ao Antigo Testamento, quando o povo hebreu observava muitas das suas festas ao longo desse mesmo período de oito dias, como, por exemplo, a Festa dos Tabernáculos e a festa da Dedicação do Templo. Mais tarde, o imperador romano Constantino acrescentou a celebração da dedicação das basílicas a essa tradição. Houve, no passado, várias festas celebradas com oitavas. Depois do Concílio Vaticano II, porém, somente a Páscoa e o Natal mantiveram a sua oitava. O que levava os hebreus a celebrar suas grandes festas durante oito dias eram a vida muito tumultuada e as pressões e divisões causadas pelas tradições pagãs, que afetavam o cotidiano das famílias judias. A Igreja também optou pelo período de oito dias para que as famílias pudessem viver mais plenamente a importância dessas festas litúrgicas. Tendo o Natal a importância que tem, não é de admirar que a Igreja nos ofereça oito dias de especial contemplação do seu mistério, embora, tradicionalmente, a época natalina termine com o batismo de Jesus, a ser comemorado, neste novo ano, em 11 de janeiro.

3. “Mãe de Deus”, ou, em grego, “Theotokos”, é o título mais elevado de Maria. Ela o recebeu durante o Concílio de Éfeso, no ano de 431. O concílio ensinou que a humanidade e a divindade de Jesus não podem ser separadas e que, portanto, Maria merece com justiça o título de Mãe de Deus. Maria trouxe Jesus ao mundo e, por isso, é realmente a mãe de Deus, já que Jesus é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

4. A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é a festa mariana mais antiga celebrada na Igreja católica.

5. Maria não é apenas a Mãe de Deus, mas também, verdadeiramente, nossa mãe. Ao dizer “sim” ao anjo Gabriel na Anunciação, Maria aceitou ser mãe de Jesus e, no mesmo instante, deu o seu “sim” para se tornar também a nossa mãe espiritual.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que Maria é nossa mãe na ordem da graça.

Seu papel em relação à Igreja e a toda a humanidade vai ainda mais longe. De uma forma inteiramente singular, com a sua obediência, fé, esperança e caridade ardente, ela cooperou na obra do Salvador: a obra de restaurar a vida sobrenatural das almas. Por esta razão, Maria é nossa mãe na ordem da graça.

Fonte : Aleteia

Algumas correções à “mitologia sobre o papa Francisco”

Algumas correções à “mitologia sobre o papa Francisco”

TOM HOOPES - Aleteia- Sabemos tanta coisa sobre o papa Francisco… e tão poucas delas são verdadeiras!
2014 foi um ano em que os meios de comunicação capricharam nos mal-entendidos sobre o papa. Vamos rever alguns deles.

Janeiro: Um papa Rolling Stone?

A reportagem de capa sobre o papa Francisco na edição de janeiro da revista “Rolling Stone” foi um espetáculo de mau jornalismo.  O comentarista Damon Linker, da revista “The Week”, listou nada menos que nove afirmações ridículas que tinham aparecido na reportagem da “Rolling Stone” como se fossem coisas sérias.

Fevereiro: A comunhão e o cardeal Kasper

No consistório de cardeais realizado em fevereiro, o cardeal Walter Kasper propôs alguns argumentos sobre a possibilidade de que os católicos divorciados e recasados (sem a anulação do matrimônio anterior) pudessem comungar. O mito de que Francisco fosse defensor dessa ideia foi crescendo ao longo do ano, culminando no sínodo de outubro, sobre a família.
Era um mito desnecessário, que o próprio papa desmanchou mais de uma vez. Em agosto, por exemplo, ele declarou: “Quanto à comunhão para as pessoas que estão no segundo casamento, não existe nenhum problema. Se eles estão num segundo casamento, eles não podem comungar”.
Muito importante foi também o documento de preparação da Igreja para o sínodo, que reiterou a doutrina sobre os divorciados que se casaram novamente sem terem obtido a anulação matrimonial: o texto deixa claro que a Igreja não pretende mudar a regra, e sim encontrar maneiras mais acolhedoras de reforçar o cumprimento da regra.

Março: o encontro com Obama

O papa Francisco e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontraram pela primeira vez e os católicos norte-americanos ficaram desapontados ao ouvirem dizer que o papa não falaria sobre a liberdade religiosa nem sobre o direito a vida, e sim sobre temas em que as duas partes estavam de acordo. As questões polêmicas, portanto, “não seriam tratadas na conversa”. Ao menos foi isso o que a mídia divulgou.
No entanto, o Vaticano tinha uma visão muito diferente sobre a reunião: o direito à vida e à liberdade religiosa foi, sim, uma parte muito importante da conversa entre os dois líderes.

Junho: Um papa sincretista?

Um e-mail viral, que já foi reconhecido como falso, espalhou pela internet o boato de que o papa Francisco é sincretista, ou seja, que ele consideraria todas as religiões como igualmente verdadeiras. Quando ele propôs uma oração multi-religiosa pela paz na Terra Santa, a ser feita em pleno Vaticano na data de 8 de junho, os críticos se deram o direito de interpretar que aquele viral estava sendo confirmado como verdadeiro.
Mas, como esclareceu o pe. Dwight Longenecker, o que o Vaticano tinha organizado era um encontro de oração conjunta pela paz entre delegações de Israel e da Palestina. A delegação israelense trazia tanto judeus quanto muçulmanos, e a delegação palestina trazia tanto muçulmanos quanto cristãos. Cada fé religiosa fez a sua prece, em momentos separados, cada uma segundo a própria tradição. E nada disso aconteceu dentro da Basílica de São Pedro, e sim nos Jardins do Vaticano.
A acusação de “sincretismo” reapareceria em novembro, quando o papa Francisco orou na Mesquita Azul, em Istambul. A assessoria de imprensa do Vaticano tranquilizou os críticos mais preocupados: Francisco rezou a mesma prece que Bento XVI tinha rezado no mesmo lugar e da mesma forma.

Começo de outubro: a tempestade do sínodo da família

A mídia fez um imenso alarde quando o sínodo extraordinário sobre a família divulgou um relatório preliminar. A frase fatídica foi uma pergunta relacionada às pessoas que sentem atração pelo mesmo sexo: “Será que as nossas comunidades são capazes de aceitar e valorizar a orientação sexual delas [das pessoas homossexuais, ndr] sem comprometer a doutrina católica sobre a família e o matrimônio?”.
“Valorizar a orientação sexual delas” foi a frase que ocasionou o barulho. A Igreja nos ensina há muito tempo a valorizar as pessoas homossexuais. Mas valorizar a orientação homossexual como tal? Isso não é incoerente com os outros ensinamentos do catecismo sobre a homossexualidade?
Não demorou muito para que o problema fosse explicado: o documento recomendava “avaliar” a orientação homossexual, em vez de “valorizar”, como tinha sido mal traduzido em vários idiomas.
O papa Francisco, um mês depois, orou por “todos os que procuram apoiar e fortalecer a união do homem e da mulher no casamento como um bem original, natural, fundamental e belo para as pessoas, para as comunidades e para as sociedades inteiras”.

Final de outubro: Um papa darwinista?

Em 27 de outubro, o papa Francisco fez um discurso para a Academia de Ciências e disse que “a evolução na natureza não se opõe à noção da criação”; e acrescentou, com seu estilo típico, que Deus não é um “mágico” que cria com uma “varinha de condão”, mas que Ele “criou os seres e os deixou desenvolver-se de acordo com as leis internas que tinha dado a cada um para que atingissem a sua plenitude”.
A mídia fez mais um dos seus alardes e deu a entender que o papa tinha finalmente admitido a teoria da evolução, quando, na realidade, o papa Pio XII já tinha dito a mesma coisa, meio século antes, na “Humani Generis” (cf. nº 36). O catecismo também diz o mesmo em seu número 283.

Novembro: O “rebaixamento” do cardeal Burke

O anúncio tão esperado chegou em 8 de novembro: o cardeal norte-americano Raymond Burke deixaria o seu posto no Vaticano como prefeito da Assinatura Apostólica, a “Suprema Corte” da Santa Sé, para assumir o cargo de patrono da Ordem de Malta. “O papa Francisco rebaixa o conservador cardeal norte-americano”, publicou a agência Reuters.
A notícia preocupou parte dos católicos que apreciam a clareza com que o cardeal Burke se pronuncia diante das questões polêmicas: eles acharam que o papa Francisco estava dando uma espécie de “demonstração de mão de ferro”.
Mas ninguém precisa se preocupar. Na verdade, Burke foi o cardeal que durante mais tempo ocupou o cargo de prefeito da Assinatura Apostólica nos últimos 37 anos. E, como vários observadores do Vaticano destacaram, se o papa Francisco estivesse mesmo querendo se livrar das pessoas de opinião firme, por que não afastava também o cardeal George Pell? E, se ele quisesse silenciar o cardeal Burke, por que o colocava numa posição que lhe dava ainda mais liberdade para se pronunciar com a sua habitual franqueza?
Numa entrevista recente, o próprio papa Francisco esclareceu ainda melhor o mal-entendido: ele disse que tomou a decisão de colocar Burke à frente da Ordem de Malta com a aprovação do próprio cardeal e desde bem antes do sínodo, mas o manteve em seu cargo anterior durante mais tempo para que ele pudesse se envolver no sínodo da família.

Dezembro: os cachorros vão para o céu!

A notícia foi primeira página do “New York Times”: o papa Francisco teria mudado a teologia conservadora que negava aos bichos um lugar no paraíso! “Papa Francisco diz que os cães podem ir para o céu”, declarava um artigo do popular jornal norte-americano “USA Today”, compartilhado por milhares de pessoas no Facebook.
O caso é que os sites, jornais, revistas e emissoras de rádio e TV tinham apenas deturpado uma frase dita em 1978 pelo papa Paulo VI…
A mídia, em resumo, tem projetado no papa Francisco os seus próprios desejos, entendendo errado quase tudo o que ele diz de fato.
O melhor crítico desses “mal-entendidos papais”, no fim, é o próprio papa Francisco. “Eu não gosto das interpretações ideológicas, de certa ‘mitologia sobre o papa Francisco’”, declarou ele numa entrevista concedida um ano após o início do seu pontificado. “Representar o papa como uma espécie de super-homem, um tipo de astro, me parece uma coisa ofensiva. O papa é um homem que ri, que chora, que dorme serenamente e que tem amigos, como todos. É uma pessoa normal”.
De fato, ele é.

Fonte: http://www.aleteia.org/pt/sociedade/artigo/2014-como-a-midia-mal-interpretou-o-papa-francisco-ao-longo-do-ano-5849512279015424?page=2