Dom João explica que é "preciso morrer" para dar frutos
Kelen Galvan
enviada especial a Brasília
Sávio Gabatel
Dom João Bosco Oliver de Faria, Arcebispo de Diamantina (MG)
"Nós que vamos morrer rezamos pelos nossos irmãos mortos", declarou Dom João em sua homilia. Ele refletiu que "nossos irmãos [bispos] morreram e quase não morreram, porque deixaram, depois de si, pessoas e sacerdotes semelhantes a eles".
Ouça homilia na íntegra
:: Leia a homilia na íntegra :: Veja fotos no Flickr
Todos nós temos em nossa história de cristãos um bispo que fez parte de nossa vida, seja na Crisma ou em outra circunstância, assim como também os sacerdotes ordenados por esses bispos, e "todos continuamos a trazer a presença deles na história da Igreja", explicou.
O prelado exemplificou isso recordando que, entre as árvores floridas do Brasil, existe o pessegueiro, uma árvore de beleza ímpar. "Como seria bom se ela pudesse ficar florida o ano todo, mas é necessário que as flores caiam para que venham os pêssegos", e afirmou que "assim também esses irmãos que deram a vida por amor à Igreja irrigaram o 'grão do trigo', por eles plantados, com suas lágrimas. Sobretudo as lágrimas escondidas diante do Sacrário. Também os casados que sofrem querendo o bem dos filhos. Essas lágrimas fecundam o testemunho de vida, elas serão transformadas em diamantes preciosos, que receberemos de Deus, no Céu".
E concluiu exortando aos bispos que "se tivermos que derramar lágrimas pela Igreja não podemos fugir delas, porque elas são a garantia da fecundidade do nosso ministério". Pedindo a Deus que "nos conserve para que possamos nos imolar pela Igreja até que Jesus nos chame".
Nenhum comentário:
Postar um comentário