A capa deste mês da Revista Times
WASHINGTON DC, 04 Jan. 13 / 03:50 pm (
ACI/EWTN Noticias).-
Na capa de sua edição de janeiro de 2013, a famosa revista americana
Times, assegura que embora "40 anos atrás, os ativistas do direito ao
aborto obtiveram uma épica vitória com (a sentença da Corte Suprema no caso) Roe vs. Wade", que permitiu a
legalização do aborto nos Estados Unidos, "eles estiveram perdendo desde então" para os pró-vidas.
Conforme
explica Kate Pickert, autora do artigo de capa, desde que em janeiro de
1973 a Corte Suprema dos Estados Unidos converteu em um direito federal
o acesso ao aborto, "o movimento pro-choice (abortista) vem perdendo"
as suas lutas.
"Em muitas partes do país, atualmente, recorrer a um aborto é mais difícil que em muitos lugares desde a década de 1970".
Pickert assinalou que "há menos médicos dispostos a realizar o procedimento e menos clínicas abortistas no negócio".
"Os
ativistas pro-choice (abortistas) foram ultrapassados por seus
contrapartes pró-vidas, que pressionaram exitosamente para obter
regulações estatais que limitam o acesso" ao aborto, escreveu.
"Muitos
estados requerem atualmente que as mulheres passem por aconselhamento,
períodos de espera ou ultrassons antes de submeter-se a abortos",
indicou.
Para a jornalista americana, "a causa pró-
vida esteve ganhando a guerra do aborto, em parte, porque buscou uma estratégia organizada e bem executada".
Além disso, reconheceu, "a opinião pública está crescentemente" do lado pró-vida.
"Graças ao ultrassom pré-
natal
e aos avanços da neonatologia, os americanos podem agora saber como se
vê um feto e que os bebês nascidos tão prematuramente como às 24 semanas
agora podem sobreviver", assinalou Pickert.
A jornalista da
Times disse que "apesar de que três quartos dos americanos acreditarem
que o aborto deveria ser legal em alguns ou todos os casos, a maioria
apoia leis estatais que regulem o procedimento, e cada vez menos se
identificam a si mesmos como ‘pro-choice’ nas pesquisas de opinião
pública".
Pickert também retratou a divisão geracional que
destrói por dentro a causa abortista, pois "os jovens ativistas do
direito ao aborto reclamam de que as líderes das organizações
feministas", que tinham 20 ou 30 anos quando se legalizou o aborto nos
Estados Unidos, "não estão dispostas a passar a tocha às novas
gerações".
Entretanto, para Kate Pickert, um dos principais
motivos da derrota dos promotores do aborto é que "em uma democracia
dinâmica como os Estados Unidos, defender o status quo é sempre mais
difícil que lutar para mudá-lo".
Uma das expressões mais claras
do avanço da causa pró-vida nos Estados Unidos é a multitudinária marcha
nacional pela defesa da vida que mobilizam centenas de milhares de
pessoas, com frequência ignoradas pelos meios, todos os anos em janeiro,
no aniversário da sentença de Roe vs. Wade.
A última marcha, em
2012, reuniu mais de 400 mil pessoas que durante várias horas suportaram
intenso frio, neblina e até chuva enquanto percorriam as principais
ruas da capital americana até a sede do Capitólio.