segunda-feira, 16 de abril de 2012

PALAVRAS DO PAPA BENTO XVI

PALAVRAS DO PAPA BENTO XVI
NO FINAL DA VIA-SACRA NO COLISEU
Monte Palatino
Sexta-feira Santa, 6 de Abril de 2012
Queridos irmãos e irmãs!
Acabamos de recordar, através das meditações, da oração e dos cânticos, os passos de Jesus no caminho da Cruz: um caminho que parecia sem saída e, no entanto, mudou a vida e a história do homem, abrindo a passagem para «os novos céus e a terra nova» (cf. Ap 21, 1). De modo especial neste dia de Sexta-Feira Santa, a Igreja celebra, com profunda adesão espiritual, a memória da crucifixão do Filho de Deus e, na sua Cruz, vê a árvore da vida – árvore fecunda duma nova esperança.
A experiência do sofrimento marca a humanidade e, naturalmente, a família. Quantas vezes o caminho se torna cansativo e difícil! Incompreensões, divisões, preocupação com o futuro dos filhos, doenças, incômodos de vários tipos. Para além disso, a situação de muitas famílias vê-se agravada, hoje em dia, pela precariedade do emprego e outras consequências negativas provocadas pela crise econômica. O caminho da Via-Sacra, que acabamos de percorrer espiritualmente nesta noite, é um convite feito a todos nós, e de modo especial às famílias, para contemplarmos Cristo crucificado a fim de termos a força de ultrapassar as dificuldades. A Cruz de Jesus é o sinal supremo do amor de Deus por cada homem, a resposta superabundante à necessidade que toda a pessoa sente de ser amada. Quando passamos pela prova, quando as nossas famílias enfrentam o sofrimento, a tribulação, olhemos para a Cruz de Cristo! Nela encontraremos a coragem para prosseguir o caminho, podendo repetir, com firme esperança, estas palavras de São Paulo: «Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? (…) Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores graças Àquele que nos amou!» (Rm 8, 35.37).
Nas tribulações e dificuldades, não estamos sozinhos; não está sozinha a família: Jesus está presente com o seu amor, sustenta-a com a sua graça e dá-lhe a força para prosseguir, enfrentando os sacrifícios e superando qualquer obstáculo. E, quando os desvarios humanos e outras dificuldades põem em risco e ferem a unidade da nossa vida e da nossa família, é para o amor de Cristo que devemos voltar-nos. O mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo encoraja-nos a continuar com esperança. Se forem vividos com Cristo, com fé n’Ele, os dias de tribulação e de prova trazem já dentro de si a luz da ressurreição, a vida nova do mundo ressuscitado, a páscoa de todo o homem que crê na sua Palavra.
Naquele Homem crucificado que é o Filho de Deus, mesmo a própria morte ganha novo significado e orientação, é resgatada e vencida, torna-se passagem para a nova vida: «Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, continua só um grão de trigo; mas, se morrer, então produz muito fruto» (Jo 12, 24). Confiemo-nos à Mãe de Cristo. Ela que acompanhou o seu Filho ao longo da via dolorosa, Ela que esteve aos pés da Cruz na hora da sua morte, Ela que encorajou a Igreja desde o seu nascimento a viver na presença do Senhor, conduza os nossos corações, os corações de todas as famílias, através do vasto mysterium passsionis rumo ao mysterium paschale, rumo à luz que irrompe da Ressurreição de Cristo e manifesta a vitória definitiva do amor, da alegria e da vida, sobre o mal, o sofrimento e a morte. Amém.

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Médico abortista e falso sacerdote anglicano defendem o aborto na TV peruana


Em um segmento do programa "Amor, amor, amor" (exibido pelo Canal 2 no Peru), neste 13 de abril se apresentaram Miguel Gutiérrez, médico e representante da empresa trasnacional abortista Pathfinder, junto a David Limo, que se apresenta como sacerdote episcopaliano. Ambos defenderam o aborto "terapêutico" no Peru.

David Limo, que se diz  sacerdote anglicano, foi expulso da Igreja Episcopal Anglicana do Peru em 2008.

Em diálogo com o grupo ACI, representantes desta denominação cristã da Catedral do Bom Pastor em Lima, confirmaram sua expulsão por parte do bispo anglicano William Godfrey, mas evitaram explicar as causas, qualificando-as como "reservadas".

Durante o programa televisivo, o falso sacerdote anglicano, vestido com terno e camisa clerical, tentou relativizar o sexto mandamento da Lei de Deus. "Que significa não matarás?, se for assim voce não deveria comer frango", assinalou.

Limo afirmou que "ao ler o que Jesus diz e fez, Ele não fala nada sobre o aborto".

O pastor evangélico Fabio Ubierna, que esteve no programa como defensor da vida, criticou duramente o falso anglicano.

"Acredito que nenhuma pessoa que se diga cristã pode estar a favor do aborto. Mesmo que uma pessoa traga ao pescoço um colar clerical; o hábito não faz o monge", indicou.

Ubierna também questionou o médico abortista Miguel Gutiérrez, dizendo-lhe que se o embrião humano tiver "23 pares de cromossomos completamente independentes aos da mãe, tem um patrimônio genético único e uma vida completamente separada; com que direito eu tomo uma vida que não me pertence e digo ela só chega até aqui?".

"Introduzir um aspirador pelo conduto vaginal e retirar um bebê, ou colocar uma faca, cortá-lo e removê-lo (curetagem), ou colocar solução salina na placenta para que o bebê morra queimado; isso é assassinato", asseverou.

O doutor Gutiérrez, que participou representando o Colégio Médico do Peru e que em princípio tentou evitar falar sobre os métodos abortivos, disse que "nenhuma cirurgia é bonita". Logo afirmou que para um aborto podem chegar a utilizar até um lápis.

O médico qualificou como "os mais claros pensadores” aqueles que permitiram a despenalização do aborto terapêutico no Peru, em 1924.

Outra das convidadas ao programa, Felicia Guevara López, revelou que ficou grávida após ser violentada por seu próprio esposo. Guevara López pensou em abortar, mas graças à ajuda de religiosas católicas, que lhe brindaram apoio moral e espiritual, decidiu ter o seu filho e dá-lo em adoção.

Entretanto, ao o tê-lo em seus braços, recorda Felicia Guevara, decidiu ficar com ele. Seu filho tem agora seis meses e ela está estudando para tirá-lo adiante.

"Com meu filho agora estou feliz, e a todas as pessoas que estão grávidas direi que se não querem tê-lo que prefiram dá-lo em adoção a abortá-lo", afirmou.