sábado, 15 de outubro de 2011

CARTA APOSTÓLICA SOB FORMA DE MOTU PROPRIO «QUAERIT SEMPER» DO SUMO PONTÍFICE BENTO XVI


CARTA APOSTÓLICA
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO
«QUAERIT SEMPER»
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
pela qual se modifica a Constituição apostólica Pastor bonus, transferindo algumas competências da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ao novo Departamento para os procedimentos de dispensa do matrimónio rato e não-consumado e as causas de nulidade da Ordenação sacra, constituído no Tribunal da Rota Romana.

A Santa Sé sempre procurou adequar a sua estrutura de governo às necessidades pastorais que, em cada período histórico, iam surgindo na vida da Igreja, modificando consequentemente a organização e a competência dos Dicastérios da Cúria Romana.
Aliás, o Concílio Vaticano II confirmou este critério, ao reiterar a necessidade de adequar os Dicastérios às necessidades dos tempos, das regiões e dos ritos, sobretudo no que diz respeito ao seu número, à denominação, à competência, aos modos de proceder e à coordenação recíproca (cf. Decr. Christus Dominus, 9).
Seguindo tais princípios, o meu Predecessor, o Beato João Paulo II, procedeu a uma reorganização global da Cúria Romana mediante a Constituição apostólica Pastor bonus, promulgada em 28 de Junho de 1988 (AAS 80 [1988], 841-930), configurando as competências dos vários Dicastérios, tendo em consideração o Código de Direito Canónico promulgado cinco anos antes e as normas que já se perfilavam para as Igrejas Orientais. Em seguida, com disposições sucessivas, tanto o meu Predecessor, como eu mesmo, interviemos modificando a estrutura e a competência de alguns Dicastérios para melhor corresponder às novas exigências.
Nas circunstâncias actuais, resulta conveniente que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos se dedique, principalmente, a dar novo impulso à promoção da Sacra Liturgia na Igreja, segundo a renovação desejada pelo Concílio Vaticano II a partir da Constituição Sacrosanctum Concilium.
Por isso, julguei oportuno transferir para um novo Departamento constituído no Tribunal da Rota Romana a competência de tratar os procedimentos para a concessão da dispensa do matrimónio rato e não-consumado e as causas de nulidade da Ordenação sacra.
Por conseguinte, sob proposta do Em.mo Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e com o parecer favorável do Ex.mo Decano do Tribunal da Rota Romana, tendo ouvido o parecer do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica e do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, estabeleço e determino quanto segue:
Art. 1.
São abolidos os artigos 67 e 68 da mencionada Constituição apostólica Pastor bonus.
Art. 2.
O artigo 126 da Constituição apostólica Pastor bonus é modificado segundo o texto seguinte:
«Art. 126 § 1. Este Tribunal serve ordinariamente como instância superior no grau de apelo junto da Sé Apostólica para tutelar os direitos na Igreja, provê à unidade da jurisprudência e, através das suas sentenças, serve de ajuda aos Tribunais de grau inferior.
§ 2. Neste Tribunal, é constituído um Departamento ao qual compete julgar acerca do facto da não-consumação do matrimónio e acerca da existência de uma justa causa para conceder a dispensa. Por isso, ele recebe todas as actas, juntamente com o voto do Bispo e com as observações do Defensor do Vínculo, pondera atentamente, segundo o procedimento especial, a súplica visando obter a dispensa e, se for o caso, submete-a ao Sumo Pontífice.
§ 3. Tal Departamento é competente também para tratar as causas de nulidade da Ordenação sacra, segundo a norma do direito universal e próprio, congrua congruis referendo».
Art. 3.
O Departamento para os procedimentos de dispensa do matrimónio rato e não-consumado e as causas de nulidade da Ordenação sacra é moderado pelo Decano da Rota Romana, assistido por Oficiais, Comissários deputados e Consultores.
Art. 4.
No dia da entrada em vigor das presentes normas, os procedimentos de dispensa do matrimónio rato e não-consumado e as causas de nulidade da Ordenação sacra pendentes na Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, serão transmitidos ao novo Departamento no Tribunal da Rota Romana e, por ele, serão definidos.
Tudo quanto deliberei com esta Carta apostólica em forma de Motu proprio, ordeno que seja observado em todas as suas partes, não obstante qualquer coisa em contrário, ainda que digna de particular menção, e estabeleço que seja promulgado mediante a publicação no diário “L’Osservatore Romano”, entrando em vigor no dia 1 de Outubro de 2011.
Dado em Castel Gandolfo, no dia 30 de Agosto do ano de 2011, sétimo do nosso Pontificado.

BENTO XVI


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Cancelam gravação de comercial ofensivo ao Cristo Redentor

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Out. 11 / 03:56 pm (ACI)

Uma agência publicitária deteve a realização de um comercial da companhia aérea uruguaia Pluna que ofendia o Cristo Redentor no Brasil depois da intervenção da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

O spot apresentava o conhecido jogador de futebol uruguaio Sebastián “El Loco” Abreu, que joga no Botafogo do Rio de Janeiro, no qual o craque batia pênaltis contra o Cristo Redentor.

O jogador católico, que não sabia dos planos da agência publicitária, cujo nome não foi divulgado, expressou sua consternação ao saber das repercussões que o spot causou na Arquidiocese carioca.

Ao conhecer os fatos, a Arquidiocese do Rio do Janeiro que é a proprietária dos direitos autorais do Cristo Redentor, entrou em contato com a linha aérea Pluna para exigir o cancelamento do anúncio televisivo, pedido que foi aceito após uma série de conversações.

Em diálogo telefônico com ACI Digital no dia 13 de outubro, o Pe. Marcos William do Vicariato para a Comunicação da Arquidiocese do Rio, explicou que o spot não será exibido.

“Nós já conversamos com a presidência da Pluna e com a agência publicitária. Eles já se retrataram ante a diocese. (...) Então nada será publicado, nada será feito sem que a arquidiocese veja antes”, asseverou.

O sacerdote disse também que “O presidente da Pluna me ligou pessoalmente e conversamos. (...) Ele se sentiu bastante incomodado com a proposta deste comercial e disse que não houve nenhuma intenção de atacar ou denegrir a imagem sagrada e “não há nada mais” sobre o assunto”.

O Pe. William explicou também a ACI Digital que na Arquidiocese “cuidamos que a imagem (do Cristo) seja bem utilizada. O Cristo Redentor é uma imagem que leva consigo a identidade do Brasil e de modo especial a do Rio de Janeiro”.

Depois de precisar que a arquidiocese “não teme os meios de comunicação”, o sacerdote disse que nestes casos tudo deve passar por uma revisão que garanta a integridade da emblemática imagem.

Logo de descartar qualquer tipo de processo legal contra a linha aérea ou contra o jogador Abreu, o Pe. William explicou que o atacante uruguaio “ligou pessoalmente para mim e conversamos muito. O atleta não teve nenhuma intenção de denegrir (a imagem do Cristo), ao contrário. O atleta foi mal dirigido. Ele aceitou uma proposta que não resultou muito boa. Mas o atleta é extremamente católico e de missa dominical com a família toda. Ele estava muito chateado com toda esta situação”.

“Não há nenhum tipo de processo contra o jogador ou a empresa, não há motivo para contenda”, concluiu o sacerdote da arquidiocese carioca.

Segundo a Folha de São Paulo, a Pluna disse que a campanha incluia imagens "insólitas", que buscam mostrar a surpresa de flagrar o atleta em situações inusitadas.
Reportagem da Revista ISTOÉ: Cristãos perseguidos, o ódio aos seguidores de Jesus Cristo
15.10.2011 - Imagine um país onde a filiação religiosa deva constar no documento de identidade de todos os cidadãos, onde sua crença implique restrições para ocupar postos de trabalho, ter acesso à educação e se casar. No Egito, predominantemente islâmico, isso acontece e as principais vítimas da intolerância religiosa são os cristãos, que representam 10% da população. Na semana passada, o mundo testemunhou um derramamento de sangue no país. Vinte e cinco pessoas – a maioria fiéis coptas, como são chamados os cristãos que não seguem o Alcorão – morreram no domingo 9, no Cairo, em confronto com outros civis e o Exército. Tanques passavam por cima dos manifestantes sem dó. Carregando cruzes e imagens de Jesus, milhares de pessoas estavam nas ruas em um protesto inédito contra a opressão histórica patrocinada pelos muçulmanos. Os representantes do cristianismo se revoltaram depois de mais um incêndio sofrido por uma igreja copta. “A primavera no mundo árabe parece que acordou muita gente, inclusive os coptas”, diz o sacerdote católico Celso Pedro da Silva, professor emérito da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo.
Com o estado de insegurança que domina o Egito após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro, grupos muçulmanos tentam demarcar mais territórios em meio à indefinição do poder público. E os coptas, historicamente marginalizados pelo governo, estão levantando a voz. Há severas restrições – só para citar uma fonte de discriminação – para a construção e reformas de templos cristãos, patrulha que não ocorre entre os muçulmanos. Em solo egípcio há apenas duas mil igrejas perante as 93 mil mesquitas. Na quinta-feira 13, o papa Bento XVI manifestou-se no Vaticano: “Uno-me à dor das famílias das vítimas e de todo o povo egípcio, desgarrado pelas tentativas de sufocar a coexistência pacífica entre suas comunidades.” O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu proteção à minoria copta e afirmou estar profundamente preocupado com o Egito.
A intolerância religiosa contra os cristãos não ocorre só no Egito. Um levantamento feito, em maio, pela Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos mostra quanto a violência anticristã está disseminada mundo afora. Na China, segundo a comissão, pelo menos 40 bispos católicos estariam presos ou desaparecidos. Na Nigéria, cerca de 13 mil pessoas teriam morrido em conflitos violentos entre muçulmanos e cristãos desde 1999. Mais: na Arábia Saudita, lugares de cultos não muçulmanos são proibidos e livros escolares seguem pregando a intolerância a outras etnias. Irã e Iraque também são citados. No primeiro, mais de 250 cristãos teriam sido presos arbitrariamente desde meados de 2010. Já o país vizinho registra uma das maiores quedas no número de cristãos da sua história – em oito anos, esse grupo caiu pela metade e soma, hoje, 500 mil. “Os atos de violência têm como objetivo pressionar a população a abandonar suas terras”, explica Keith Roderick, secretário-geral da Coalizão para a Defesa dos Direitos Humanos.
Infelizmente tem funcionado. O Oriente Médio, berço do cristianismo, era constituído, no início do século XX, por cerca de 20% de seguidores de Jesus Cristo. Estimam os especialistas que o povo cristão atualmente não represente nem 2% dos habitantes daquela região. O papa Bento XVI chama a investida dos muçulmanos de “conquista à base da espada”. No ano passado, o Sumo Pontífice manifestou-se a favor da libertação de uma paquistanesa cristã condenada à forca por blasfêmia, no Paquistão, país onde mais de 30 pessoas foram assassinadas com essa justificativa. Asia Bibi, então com 45 anos, teria dito ao ser insultada por mulheres muçulmanas: “O que Maomé fez por vocês? Jesus, pelo menos, sacrificou-se por mim”. Graças à pressão internacional, a pena não foi cumprida, mas Asia aguarda novo julgamento. Ela é a primeira mulher na história a receber uma pena de morte por conta de perseguição religiosa. Um título que nenhum país deveria se orgulhar.
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Fonte: Revista ISTOÉ, ediçäo de outubro 2011
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Nota de   www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós". (Jo 15,18)
"Então sereis entregues aos tormentos, matar-vos-ão e sereis por minha causa objeto de ódio para todas as nações". (Mt 24,9)
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?" (Rm 8,35)
"Porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será". (Mt 24,21)


Fonte : Istoé , Rainha Maria

Evangelização não é privilégio, mas compromisso da fé, afirma Papa

Evangelização não é privilégio, mas compromisso da fé, afirma Papa



''O mundo de hoje precisa de pessoas que falem com Deus, para poderem falar de Deus'', afirmou Bento XVI
"Ser evangelizadores não é um privilégio, mas um compromisso que provém da fé. [...] Comuniqueis a todos a alegria da fé com o entusiasmo que provém do serem movidos pelo Espírito Santo", afirmou o Papa Bento XVI durante audiência com os participantes do histórico Encontro "Novos evangelizadores para a Nova Evangelização – A Palavra de Deus cresce e se difunde", promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. O encontro com o Pontífice aconteceu na Sala Paulo VI, na tarde deste sábado, 15.
Representantes de mais de 115 realidade eclesiais e de 33 Conferência Episcopais do Ocidente estão presentes para partilhar experiência de nova evangelização.
Sobre o tema do encontro, o Papa recordou que o evangelista Lucas usa esta fórmula nos Atos dos Apóstolos em várias circunstâncias: "a Palavra de Deus crescia e se difundia" (cf. At 6,7; 12,24). No entanto, a jornada no Vaticano alterou o tempo dos dois verbos, para destacar um aspecto importante da fé: a certeza consciente de que a Palavra de Deus é sempre viva.
O homem contemporâneo está muitas vezes confuso e não consegue encontrar respostas para muitas perguntas que agitam sua mente, em referência ao sentido da vida e às questões que surgem nas profundezas do seu coração.

Novos evangelizadores para o mundo

"No entanto, podemos ainda afirmar com certeza, como no início do Cristianismo, que a Palavra de Deus continua a crescer e a se difundir. Por quê? Gostaria de mencionar pelo menos três razões", disse um convicto Bento XVI:

1 - "
O poder da Palavra não depende principalmente de nossa ação, dos nossos meios, do nosso 'fazer', mas de Deus. Devemos sempre acreditar no humilde poder da Palavra de Deus e deixar que Deus aja!";
2 - "A semente da Palavra, como narra a Parábola evangélica do Semeador, ainda cai em terra boa que a recebe e produz frutos (cf. Mt 13,3-9). No mundo, mesmo se o mal faça mais barulho, continua a existir a terra boa";
3 - "O anúncio do Evangelho verdadeiramente chegou até os confins do mundo".

O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização é instrumento precioso para identificar as grandes questões que se agitam nos diversos setores da sociedade e da cultura contemporânea. "Ele é chamado a oferecer um auxílio particular à Igreja na sua missão, sobretudo no interior daqueles países de antiga tradição cristã que parecem tornados indiferentes, se não às vezes hostis à Palavra de Deus", explicou o Santo Padre.

O Bispo de Roma também indicou de forma contundente:

"
O mundo de hoje precisa de pessoas que anunciem e testemunhem que é Cristo a ensinar-nos a arte de viver, a estrada da verdadeira felicidade, porque é Ele mesmo a estrada da vida; pessoas que tenham antes de tudo elas mesmas o olhar fixo em Jesus. [...] O mundo de hoje precisa de pessoas que falem com Deus, para poderem falar de Deus. [...] Somente através de homens e mulheres plasmados pela presença de Deus a Palavra de Deus continuará o seu caminho no mundo, produzindo frutos".

Fonte : Cancao nova