sexta-feira, 30 de julho de 2010

Igreja Católica é sempre alegre apesar das dificuldades, diz o Papa Bento XVI

Igreja Católica é sempre alegre apesar das dificuldades, diz o Papa Bento XVI

.- O Santo Padre assistiu ontem pela tarde na Sala dos Suíços do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo à projeção do filme "Cinco anos do Papa Bento XVI", do diretor alemão Michael Mandlik e produzida pela Bayerischer Rundfunk. Ao final da projeção recordou que a Igreja é sempre alegre, mesmo ante as dificuldades.

Ao final da projeção Bento XVI agradeceu a todos os que tinham colaborado na realização "desta extraordinária viagem espiritual" que rememora momentos chave da vida do Papa e da Igreja.

"Também hoje a Igreja, embora sofra tanto, como todos sabemos, é uma Igreja alegre, não uma Igreja envelhecida, uma Igreja jovem onde a fé cria alegria. Vimos neste filme a riqueza da vida da Igreja, a multiplicidade das culturas, dos carismas e dons diversos que vivem nela e como, nesta multiplicidade e nesta diversidade viva sempre a mesma e única Igreja".

O Papa comentou logo que "emocionou-me muito recordar alguns momentos, sobre tudo quando o Senhor pôs sobre meus ombros o serviço petrino, um peso que ninguém poderia levar somente com suas forças, mas porque o Senhor nos leva e me leva".

Neste sentido, o Papa afirmou também que o filme mostra como o serviço petrino suporta o mandato de "expressar e fazer visível e concreta a unidade" da Igreja "na multiplicidade histórica".

terça-feira, 27 de julho de 2010

Venezuela: Hugo Chávez proibirá emissora de televisão católica no país

Venezuela: Hugo Chávez proibirá emissora de televisão católica no país


Outra atitude na tensão criada pelo governo


Por Nieves San Martín

CARACAS, quarta-feira, 21 de julho de 2010 (ZENIT.org) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu ao ministro do Interior, Tareck El Aissami, "revisar" a concessão de um canal de televisão ao arcebispado de Caracas para "recuperá-lo" e "colocá-lo às ordens do povo". Trata-se de outra atitude em relação à tensão com a Igreja criada pelo governo, em uma série de ataques dirigidos especialmente contra o cardeal Urosa, arcebispo de Caracas.

O presidente venezuelano fez este pedido sobre a emissora de sinal aberto Vale TV (Valores Educativos Televisão) depois de ratificar sua vontade de revisar o convênio da Venezuela com o Vaticano e de convidar ao núncio apostólico, Pietro Parolin, a "falar" sobre o tema.

"Revisemos [a concessão da Vale TV], Tareck, para recuperar esse canal e colocá-lo às ordens do povo", repetiu Chávez em um programa televisivo com membros da Polícia Nacional Bolivariana.

A Vale TV se identifica em seu site como um canal aberto e sem fins lucrativos dedicado à cultura, pertencente à Televisão Nacional, canal 5, o primeiro canal público de televisão da Venezuela, fundado em 1952.

Em 1998, o então presidente da Venezuela, Rafael Caldera, outorgou a concessão deste canal ao arcebispado de Caracas, que iniciou suas emissões em 4 de dezembro desse mesmo ano. Neste sentido, Chávez garantiu que Caldera "entregou" o canal 5 à "hierarquia eclesiástica" em 1998, "violando uma série de procedimentos".

A atual polêmica entre a hierarquia eclesiástica venezuelana e o governo surgiu no início de julho, quando o arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa, disse que Chávez violava a Constituição ao querer impor uma "ditadura comunista" no país, e o governante lhe chamou de "troglodita" e "indigno" e ameaçou processá-lo por injúrias.

Nesse contexto, o mandatário revelou que o secretário do Estado Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, disse nessa semana ao seu ministro de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, estar "preocupado" pelas suas recentes declarações sobre a revisão do acordo de 1964.

"Parece que no Vaticano estão muito preocupados porque eu anunciei, e vamos fazer, uma revisão do convênio", disse Chávez, em relação à firma de Modus Vivendi de 6 de março de 1964, entre o Estado venezuelano e a Nunciatura Apostólica.

Este documento compromete a transferência à Igreja Católica de recursos provenientes da exportação de petróleo para o financiamento de obras sociais e projetos educativos.

Data da publicação: 20/07/2010

http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=NOTICIA&id=nbm0851

sábado, 24 de julho de 2010

Os três inimigos do homem

Os três inimigos do homem

Padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida
O evangelho de hoje quer nos relatar o que é o dia a dia da vida cristã, neste mundo que precisamos combater com o mal. De onde veio o mal, esta maldade toda que vemos no mundo? Jesus na primeira frase esclarece “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. (Mateus 13,24). O mundo que Deus criou é bom. Deus semeou bondade, nós vemos na primeira página de Gênesis, Deus viu que era bom, Deus olhou para o homem e viu que era muito bom. Somos bons, criados por Deus, mas Jesus não para por ai “Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora.”(Mateus 13,25), o mal entra enquanto dormimos.

O inimigo do homem são três: o inimigo, o mundo e a carne.

O homem veio e semeou o joio e o dono do campo, disse deixa crescer juntos. Não temos ideia, pois nosso país cria muito pouco o trigo. O joio é um vegetal parecido com o trigo, são muitos parecidos, mas um determinado momento eles se diferenciam, o trigo tem um grão pesado e ele se dobra, o joio não, fica sempre em pé. O trigo é um pouco marrom e o joio é preto, e então percebemos a diferença. O joio tem uma semente que é tóxica, se o agricultor coloca os dois para fazer a farinha, quem consome, pode diversas reações.

O mundo matou nosso Rei e ele quer matar você também.
Foto: Wesley Almeida

Jesus sabia de agricultura e estava falando com quem tinha conhecimento disso e usou desta parábola, e Jesus fala que só devemos separar o joio quando eles tiverem grande, quando conseguirmos perceber a diferença.

Durante toda a sua vida, você terá que conviver com o joio, não existe nenhuma forma de extirparmos a maldade do mundo, antes da vitória de Deus, no juízo final. Até isso teremos que aprender a conviver, lutando contra ela, sem querer eliminá-la, pois não tem como separar antes do juízo final. Temos que lutar contra o mal, sabendo que ele existirá sempre.

O nazismo queria acabar com o mal, eles identificava que a maldade estava nos judeus, e em quem seguia suas ideologias por isso Hitler mandou milhões de judeus e cristãos para o campo de concentração, ele queria extirpar o mal e por isso matou muitos.

O comunismo, matou muito mais que Hitler. Mais ou menos 100 milhões de pessoas, que a loucura do comunismo matou, com a desculpa de acabar com o mal, de fazer uma sociedade perfeita.

Nós cristãos sabemos que não podemos esperar o mundo perfeito. O papa Bento XVI diz: “neste mundo o que podemos esperar é de termos força para acabar com o mal dentro de nós até os últimos dias”. Os revolucionários querem fazer um mundo sem males, e matam milhões. As nossas democracias matam 46 milhões de crianças todos os anos. Que Deus afaste esta desgraça que é o aborto do nosso país.

Esta é a mentalidade revolucionária para acabar com o mal: basta matar. O conforto vale mais que uma vida, por isso abortam crianças. Não estou dizendo isso para incriminar pessoas, mas para levá-las a conversão.

Nós cristãos acreditamos que o combate do mal acontece sobretudo dentro de nós. Os revolucionários acham que o mal é o sistema, é a ideologia da Igreja Católica, dos judeus. Nós cremos que o mal está sobretudo dentro de nós, e é dentro de mim, que devo combater o mal, a maldade e não querer mudar o mundo e continuar sendo egoísta.

O inimigo que semeia o joio é diabo, o mundo e a carne, segundo São João da Cruz. O diabo é espírito, mas as pessoas colocaram na cabeça que a Igreja Católica é contra o corpo, não somos contra o corpo, o mal é uma realidade espiritual em primeiro lugar. Quem inventou o mal é um espírito puro, o diabo, e seduziu nossos primeiros pais para o mal. Saiba que nós somos a única criatura que caminha no planeta terra, que é capaz de desobedecer a Deus, a vaca, as árvores não são capazes de desobedecer a Deus. Deus nos deu essa capacidade pois queria filhos livres para amá-lo. Nós somos livres para amá-Lo e desobedecê-Lo. É uma alegria ver a liberdade de um jovem que ama a Deus, que se entrega a Deus.

No início essa entrega é cheia de flores, mas é na fidelidade que vamos caminhando para Deus. É uma alegria vermos como a fidelidade com que monsenhor Jonas se entrega a Deus, e como ele milhares de sacerdotes vivem essa entrega, mas os meios de comunicação só se lembram dos judas, dos infelizes gatos pingados que traíram a Deus e a Igreja.

O segundo inimigo é o mundo, que na na linguagem da bíblia é a parte que rejeitaram a Deus, um mundo não criado por Deus.

O terceiro inimigo é a carne, na linguagem da bíblia, a carne não é o corpo, o corpo não é mal, é bom, é criação de Deus, carne é o homem que se afastou de Deus. Dentro de você existe carne, existe uma pessoa que não está convertida, dentro de nós ainda há território de missão, que precisa ser evangelizada, e essa luta existirá enquanto tivermos vida. Por isso Jesus diz: “não arranque o joio”, as coisas ainda não estão decididas enquanto não se decide.
'Dentro de nós cresce o trigo e o joio, mas só no final poderemos falar o que somos, se somos trigo ou joio, não se precipite.'
Foto: Wesley Almeida

A Igreja nunca canonizou uma pessoa viva, pois a santidade consiste em santificação, é uma luta a vida do homem na terra, vamos lutar todos os dias, por isso existe PHN, vamos dizendo todos os dias por hoje não, é uma luta diária. Nenhum dos santos deixaram de lutar, até o último momento eles lutaram. Neste mundo temos que esperar ter força moral, para lutarmos contra o mal dentro de nós.

Em nós existe uma bondade que vem Deus, mas existe também o mal. O mundo com suas ideologias vê que você está insatisfeito com o mal. Sabemos que existe o mal, o problema não está em constatar o mal, mas saber qual é a raiz do mal.

Tem gente que fala que o Brasil é mal porque é católico demais, não é isso. O mundo é mal, porque existe uma maldade dentro de mim, que precisa ser combatida. Nós temos uma tendência enorme em olhar para causa das maldades fora de nós.

Dentro de nós existe um filho de Deus e um “filho da mãe”. Enquanto tivermos neste mundo, temos que conviver com os dois, lutando para que este “filho da mãe” morra. Na linguagem bíblica, é o homem novo e o homem velho, mas este homem velho tem um saúde de ferro, por isso prefiro chamar de “filho da mãe”.



Dentro de nós cresce o trigo e o joio, mas só no final poderemos falar o que somos, se somos trigo ou joio, não se precipite.

Enquanto tivermos o hoje, precisamos lutar, peça para Deus a força. Te daremos um método bem simples para você viver o PHN, existe uma escola, confissão e comunhão diária e no meio delas tem a adoração. Essa é a escola. O caminho que precisamos trilhar de santificação não é com nossas pernas, não dizemos PHN porque temos a força. Não temos a força, temos a graça de Deus.

Eu tenho a graça de me ajoelhar diante do meu confessor, é uma graça ouvir, eu te absolvo dos teus pecados. É uma graça termos padres. Nós amamos os padres, pois sabemos que não podemos viver sem ter sacerdotes, sem ter a Eucaristia. É natural do cristão amar os padres.
Transcrição e adaptação: Regiane Calixto

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A Santa Missa é muito mais que uma reunião fraterna

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A Santa Missa é muito mais que uma reunião fraterna

Quando a Liturgia se corrompe, a vida cristã corre perigo

Quando a Liturgia se corrompe, toda a vida cristã corre perigo de se corromper.
A Liturgia é a oração oficial da Igreja, do povo de Deus, do Corpo Místico de Cristo.
Nela [Liturgia], é o próprio Jesus, junto com todos os que estão unidos a Ele pelos laços da fé, do batismo e do Espírito Santo, que se apresenta ao Pai em sacrifício de salvação do mundo inteiro; que ora ao Pai, que lhe oferece louvor, adoração, agradecimento, pedido de perdão, pedido de ajuda…

O centro da Liturgia é JESUS. Ela não é – não pode ser! – propriedade particular de nenhum celebrante, de nenhuma comunidade, de nenhum grupo de fiéis, de ninguém: cabe à Igreja – e só à Igreja – organizá-la, modificá-la, aperfeiçoá-la. Infelizmente, em nome de uma criatividade mal entendida (e de um Concílio Vaticano II mal interpretado), a Liturgia tem sido, muitas vezes, manipulada a bel-prazer.
Indo muito além da liberdade de ação que ela própria permite, tem-se visto de tudo em algumas celebrações litúrgicas.

O fato é que quando as pessoas se permitem certas liberdades no campo da Liturgia, violando suas normas e seus limites, as mesmas atitudes, aos poucos, vão sendo permitidas em outros campos da vida cristã, ou seja, na moral, nos mandamentos, na doutrina e por aí afora. Dessa forma, tudo fica relativo, isto é, tudo depende do ponto de vista de cada um e cada um faz “do jeito que gosta”. Corrompida a Liturgia, corrompe-se também a vida cristã e eclesial.

Sem entrar em detalhes, a Liturgia – sempre! – deve pôr em seu centro JESUS, Sua Vida, Sua Palavra, Sua morte, Sua Ressurreição, Sua Presença no meio de nós. Nesse sentido, não é a comunidade o centro da Liturgia, menos ainda o celebrante. A comunidade e o celebrante se reúnem em torno do Senhor.
É a Ele que deve ser orientada a participação da comunidade e a ação do celebrante, e este deve ter a consciência e a humildade de não pretender ser o centro das atenções; deve rejeitar todo tipo de exibicionismo. Pelo contrário, a fé e a devoção do celebrante devem dar o tom da celebração.

A comunidade precisa ser informada e formada para que sua participação não se torne um “festival”, no qual há muita “alegria e participação”, mas onde falta o silêncio, a concentração, a atenção à Palavra de Deus, o respeito pelo Corpo e Sangue de Cristo. Sobre este ponto, no dia 15 de abril de 2010, ao receber em audiência os bispos do Regional Norte 2 da CNBB, o Papa Bento XVI dirigiu-lhes palavras muito oportunas.

É bom que você conheça as passagens principais e compreenda sua importância para que uma Celebração Eucarística seja autêntica.

– “Sinto que o centro e a fonte permanente do ministério do Papa estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados. Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor”.

– “Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar – porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo «a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (Const. Sacrosanctum Concilium, 2)”.

– “Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora. Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)”!

– “O mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambiguidades e reduções», particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa» (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10).

– “O culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. «A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro”.

Até aqui foram as palavras de Bento XVI. Reflita um pouco sobre elas. Pelo que depender de você, ponha no centro da Liturgia, em particular da Eucaristia, o próprio Jesus e, junto com sua comunidade, volte-se para Ele e permita que Ele tome conta de sua vida. Não faça da Liturgia um laboratório de experiências, que só na aparência seriam pastorais…

Respeite a Liturgia tal como a Igreja propõe: respeitar a Liturgia, em particular a Eucaristia, é respeitar a oração do próprio Jesus.

Faça da Eucaristia, celebrada e participada com fé, devoção e respeito, como o “fogo da lareira” que aquece toda a sua vida de discípulo/a de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sem Eucaristia, o mundo iria de mal a pior, pois a Eucaristia é Jesus. E Jesus é o único que pode salvar o mundo.
Dom Hilário Moser, SDB (*)
extraído de http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pela humildade se alcança a resposta

Temos de começar na oração, continuar na oração e finalizar na oração. Quando estou diante de uma situação: “Senhor, que vou fazer com meu filho ou minha filha?”, estou diante de um fato, tenho de dar uma resposta a meu filho, a minha filha... não sei como educar o meu filho, a minha filha. Nesse ponto, pergunto ao Senhor:

- "O que é que eu faço, Senhor?"

E começo fazendo isso em oração, pedindo ao Senhor, apresentando-me a Ele. Tenho de envolver aquela pergunta em oração, e eu começo tudo orando e perguntando ao Senhor, com toda humildade:

- "Eu necessito, Senhor, de uma resposta".

E essa humildade é a chave de tudo. O que nos atrapalha muito é o orgulho. Achamos que já sabemos tudo, que somos capazes de resolver tudo... Então, aprendamos a começar com toda a humildade, dizendo:

- "Senhor, eu não sei o que fazer, eu não sei qual é o melhor caminho".

Depois pergunto em oração e começo a esperar a resposta em oração. Não vou esperar que Deus me responda logo. Muitas vezes, Ele vai demorar a me dar a resposta e eu, pacientemente, continuo orando, continuo escutando Deus, até colher a resposta.

(Trecho do livro "A Sabedoria está no ar" de monsenhor Jonas Abib)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Os homens precisam ouvir a respeito do Senhor

A lei do Senhor é para o nosso bem, para a nossa construção, para realizar o projeto d'Ele a nosso respeito. Deus não deixou de ser Deus, de ser amor, de amar, e amar pessoalmente a cada homem. Só que, para o homem, o Senhor não tem tido vez: na política, na indústria, no comércio, nos meios de comunicação Jesus não tem tido vez. Cristo não tem tido vez nem mesmo nas famílias! Contudo, o Senhor quer que este pequeno resto, que Ele mesmo reuniu e que Ele mesmo ungiu, seja testemunha d'Ele.

Essa é a grande vontade do Todo-poderoso nos dias de hoje. Não porque Ele precise de defesa, mas porque os homens precisam ouvir a respeito d'Ele. Em um tribunal, quando alguém aparece trazendo um testemunho de defesa a respeito de quem está sendo julgado, não muda em nada a situação do réu, porque se ele é inocente, é inocente. Mas o que aconteceu é que todas as pessoas que estão assistindo àquele julgamento – inclusive as que estão ali para dar a sentença –, o juiz que está presidindo, eles se convencem da inocência do réu por causa do testemunho.

Hoje, o mundo precisa ouvir fatos a respeito de Deus para mudar a própria mentalidade. O Senhor precisa que haja pelo menos um punhadinho, pelo menos um grão de fermento, testemunhando os fatos d'Ele. O Senhor quer que você seja Sua testemunha, que você se apresente e fale em favor d’Ele.

(Trecho do livro "A Sabedoria está no ar" de monsenhor Jonas Abib)

Monsenhor Jonas Abib

terça-feira, 6 de julho de 2010

Vaticano salvou judeus durante nazismo, diz historiador

Vaticano salvou judeus durante nazismo, diz historiador

Leonardo Meira
Da Redação, com ptwf.org (tradução de CN Notícias)


Arquivo / EFE
Pio XI (atrás) e seu secretário de Estado, Cardeal Pacelli, na Basílica de São Pedro, em março de 1939

A Pave the Way Foundation (PTWF) anunciou a descoberta de documentos vaticanos de grande importância para o esclarecimento do papel desempenhado pelo Papa Pio XII durante a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto.


O historiador e representante alemão da PTWF, Michael Hesemann, tem feito visitas regulares ao recentemente aberto Arquivo Secreto Vaticano e continua a fazer descobertas significativas. Seu mais recente estudo dos documentos originais que foram anteriormente publicados revelam as ações secretas para salvar milhares de judeus já em 1938, apenas três semanas após a Kristallnacht [Noite dos Cristais].


O Cardeal Eugenio Pacelli (Papa Pio XII), então secretário de Estado do Papa Pio XI, enviou um telex em 30 de novembro de 1938 às Nunciaturas e Delegações Apostólicas, bem como uma carta a 61 arcebispos do mundo católico, solicitando 200 mil vistos para "católicos não arianos" três semanas após a Kristallnacht. Além disso, enviou cartas adicionais, datadas de 9 de janeiro de 1939.


Michael Hesemann afirmou que "o fato de que nesta carta se fale de 'ebrei convertiti' (judeus convertidos), e 'católicos não arianos' certamente é um disfarce. Não era possível ter certeza de que agentes nazistas não iriam tomar conhecimento acerca desta iniciativa. Pacelli tinha que ter certeza de que eles não fariam mal uso disso para propaganda do nazismo, de que eles não poderiam afirmar que 'a Igreja é uma aliada dos judeus'".


De fato, os nazistas já haviam utilizado a frase "os judeus e seus aliados negros (Igreja) e vermelhos (bolcheviques)" em sua propaganda, e qualquer passo errado poderia causar uma perseguição contra a Igreja na Alemanha nazista. A Concordata de 1933 marcou profundamente a Alemanha, e também garantiu que judeus convertidos fossem tratados como cristãos. Usando esta posição legal, Pacelli foi capaz de ajudar a "católicos não arianos".


.: Saiba mais sobre a Pave the Way Foundation


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Papel decisivo


Um indício de que o futuro Papa Pio XII não se refere apenas a "judeus convertidos" é claramente revelado quando Pacelli solicita que os Arcebispos "cuidem de providenciar santuários para salvaguardar o bem-estar espiritual e proteger os cultos religiosos, costumes e tradições" - em latim: "ubi ipsis propria sint aedes sacra, propria schola et propria ea omnia quae ad religionis cultum, instituta et mores pertinent". De fato, os judeus convertidos na Alemanha nunca haviam tido quaisquer santuários, costumes ou tradições por conta própria. Com a sua conversão, eles apenas tornaram-se católicos normais.


Mais uma prova da real intenção dos pedidos do Vaticano surge a partir da leitura original das respostas dos bispos e Núncios ao pedido de Pacelli. Os bispos frequentemente se referem aos "judeus perseguidos", não aos "judeus convertidos" ou "católicos não arianos". Embora seja amplamente reconhecido pelos historiadores que Pacelli intercedeu para salvar milhares de "judeus convertidos", muitos baseiam suas conclusões com base em uma leitura superficial de cartas e documentos do Vaticano. Uma vez que muitas das críticas com relação a esse papado não aceitam a comprovada ameaça nazista contra o Estado do Vaticano e a vida do Papa Pio XII diretamente, elas parecem não entender que havia uma necessidade de envio de artifícios somente de modo criptografado ou verbal. Em muitos casos, os historiadores são ignorantes acerca da língua original do Vaticano, que às vezes usa o latim antigo para expressar o significado oculto de suas solicitações.


"Altos funcionários do Vaticano verificaram para nós que os termos  católicos não arianos, não arianos, judeus católicos significavam realmente judeus. Fomos informados de que se os documentos fossem interceptados, tal artifício não levantaria uma bandeira vermelha com relação à concordata assinada em 1933, que especificamente providenciava proteção para os judeus que haviam se convertido para o cristianismo", agrega o historiador Hesemann.




Nova percepção sobre Pio XII


O chefe do Conselho da PTWF, Elliot Hershberg, afirmou que a Fundação "continuará a revelar tantos documentos quanto possível, pois tudo o que temos encontrado até agora parece indicar que a conhecida percepção negativa acerca de Pio XII é errada. Nós também acreditamos que muitos judeus que conseguiram deixar a Europa não tinham qualquer ideia de que seus vistos e documentos de viagem haviam sido obtidos por meio desses esforços do Vaticano".


Já o presidente da PTWF, Gary Krupp, disse que, "de acordo com nossa missão de identificar e eliminar obstáculos não teológicos entre as religiões, reconhecemos que o papado do Papa Pio XII transcorreu durante um período que impactou negativamente a bilhões de pessoas. PTWF comprometeu-se com o projeto de recuperação de documentos da época da guerra, para torná-los públicos, bem como muitos documentos e depoimentos de testemunhas oculares tanto quanto possível para trazer a verdade à luz. Até hoje, temos mais de 40 mil páginas de documentos, vídeos de testemunhas oculares, e artigos de notícias em nosso website para ajudar historiadores na pesquisa deste período".


O renomado estudioso professor Ronald Rychlak e autor do recém-reimpresso "Hitler, a Guerra e o Papa" disse: "PTWF identificou diversos documentos que comprovam as boas obras do Papa Pio XII e da Igreja Católica. Isso é outra confirmação daquelas boas obras. O aspecto mais importante deste documento é que ele mostra o que muitos de nós temos dito há muito tempo: esforços que parecem ter sido dirigidos para proteger apenas os judeus convertidos protegeram realmente os judeus, independentemente de serem convertidos ou não".


Assista ao documentário "Papa Pio XII - O Papa baluarte da paz"







quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Papa percorrerá Barcelona em sua visita à Espanha em novembro

.- O Papa Bento XVI fará um percurso no dia 7 de novembro por Barcelona em seu “papa-móvel”, coincidindo com sua visita para consagrar o Templo Expiatório da Sagrada Família, afirmou o prefeito, Jordi Hereu.

Seu antecessor, João Paulo II, em sua visita de 1982, passou com seu “papa-móvel” pela Via Laietana e a praça da Urquinaona, entre outras ruas, além de passar pela Sagrada Família.

Em declarações recolhidas pela Europa Press, o prefeito sublinhou que o percurso é "uma magnífica oportunidade" para voltar a mostrar a capital catalã ao mundo, e porque "será a primeira vez que se verá a Sagrada Família por dentro como templo".

Explicou que as instituições barcelonesas estão preparando "com muita ilusão" a visita do Pontífice, da qual destacou seu significado religioso, espiritual e cultural.

Mídia apóia posturas pró-abortistas do governo Lula, denuncia Dom Aloísio Roque Oppermann

.- Em um recente artigo publicado na página da CNBB, intitulado “Uma questão de saúde pública?”, Dom Aloísio Roque Oppermann, Arcebispo de Uberaba(MG), realizou uma crítica às posturas anti-vida do governo do presidente Lula e ao apoio a estas que é oferecido na mídia brasileira, em concreto, na atualidade por parte da Rede Globo através de uma das suas novelas, “que procura fazer a cabeça do povo, a mando do governo”. Dom Aloísio denuncia também as falsas estatísticas relacionadas à mortalidade materna no ato do aborto, para que se possa afirmar falsamente que a legalização, “evitaria milhões de mortes maternas”.

“Joga-se muito com a desatenção do povo, ou até com sua suposta ignorância. O presidente Lula, em que pese sua promessa nebulosa aos Bispos em 2005, é decididamente a favor do aborto. Acompanham-no nesta sua postura, o  ministro da saúde, e é claro, sua presumida sucessora Dilma. Esta, para encantar o eleitorado católico, chegou a visitar oficialmente o Papa (sem ter convicção pessoal). O efeito foi conquistar os votos de clérigos, invadindo até seu  primeiro escalão. A vitória se delineia fácil, e por isso não se vê necessidade de ocultar coisa nenhuma. Tudo é dito às claras. A resistência ao secularismo governamental é nula. É uma submissão geral”, declara o arcebispo de Uberaba.

 “Na frente de ouvintes qualificados Lula afirmou que a introdução da lei do aborto, “é uma questão de saúde pública em nosso país”. Lembramos o salmo: “Lembra-te do povo que redimiste como tua herança” (Sl 74,2)”, asseverou Dom Oppermann.

“É bom saber que existe muita manipulação de estatísticas, ao se falar sobre a taxa anual de abortos. Sobretudo são falsas as notícias sobre o número de mulheres mortas em decorrência de “abortos inseguros”. Segundo informações do DATASUS (2006), o número de mortes maternas  em decorrência dessa prática, nunca passou de 163 por ano.(Ver “Faça alguma coisa pela vida” N. 96) Por isso diz-se falsamente que a legalização, “evitaria milhões de mortes maternas””, denunciou também o prelado brasileiro.

Acrescentando a sua crítica Dom Aloísio Roque também ressaltou que “uma vez que o governo faz apologia da interrupção da gravidez, por qualquer motivo, as grandes redes de TV precisam entrar nessa linha. Caso contrário perdem as ricas inserções de propaganda do poder público. Sem as benesses do governo até a Globo fecha. Por isso, mais do que rapidamente, foi introduzida a  novela “Passione”, que procura fazer a cabeça do povo, a mando do governo. Vamos supor, por um exagero de fantasia, que o governo declarasse que o assalto às residências deve ser assunto de “saúde  pública”.  Para tal efeito se publicariam estatísticas incrementadas de mortes de assaltantes, cujas investidas estariam sendo  feitas em condições inseguras”.

“Para completar a hílare situação, o governo proporia legalizar o assalto, para que todo cidadão, rico ou pobre, pudesse realizar  um assalto seguro. Essa é a conversa que os líderes da nação fazem ao falar de aborto”, declarou o bispo na conclusão do seu artigo.

Para entender mais sobre o apoio da Rede Globo à postura anti-vida do governo em sua telenovela ‘Passione’ veja também:  http://www.acidigital.com/noticia.php?id=19328

Grupos pró-vida pedem ao Tribunal Constitucional Espanhol suspender entrada em vigor da lei do aborto

.- O presidente do Foro da Família, Benigno Blanco, diz estar "profundamente satisfeito" pela admissão a trâmite do recurso de inconstitucionalidade exposto pelo PP contra a Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e Interrupção Voluntária da Gravidez e insiste ao Tribunal Constitucional que suspenda cautelarmente a entrada em vigor (da lei do aborto) porque a aplicação desta norma tem efeitos "absolutamente irreversíveis".

Para Blanco, é especialmente significativo que o Tribunal Constitucional tenha aberto um prazo de estudo de três dias para consultar o Congresso, o Senado e o Governo e decidir em função de suas alegações se suspender ou não a entrada em vigor da norma, prevista para a segunda-feira 5 de julho.

"Espero que sejam sensíveis aos argumentos tão de fundo que há para isso, como o caráter absolutamente irreversível de qualquer aplicação da lei que se faça, porque um aborto não se pode desfazer; e o fato de que esta lei, a diferença de outras normas, tem reflexos de ser inconstitucional", assinalou Blanco.

Por sua parte, a porta-voz da Plataforma Direito a Viver, organização associada à plataforma HazteOir, diz esperar que o Alto Tribunal "seja fiel a sua própria doutrina de amparo do nascituro" e "aprove-se sem reservas e a maior brevidade a suspensão da aplicação da lei, já que, de não ser assim, se produziriam efeitos irreversíveis em contra do bem jurídico a ser protegido: o ser humano em desenvolvimento intra-uterino".

"A nova lei em matéria de aborto impulsionada pelo Governo e as forças parlamentares partidárias dos princípios do feminismo radical, viola de maneira flagrante a doutrina do Tribunal Constitucional", assegurou a líder pró-vida Gádor Joya.

O Foro da Família e Direito a Viver são duas das organizações convocantes de um protesto que terá lugar no próximo sábado em frente à sede do Tribunal Constitucional (Madrid) precisamente para exigir a suspensão cautelar da entrada em vigor da norma e sua posterior declaração de inconstitucionalidade.

Pelo sangue de Jesus vem a salvação



   Quinta-feira de Adoração



Pelo sangue de Jesus vem a salvação

Padre Wagner Ferreira
Foto: Wesley Almeida
O mistério do Preciosíssimo Sangue de Jesus seu deu em Sua oferta ao sacrifício que conquistou para nós a salvação. Este mistério se encontra no Antigo Testamento.

O povo de Israel entendia que o sangue era elemento vital para os animais e para os seres humanos.

"Porque a alma de toda carne é o seu sangue, que é sua alma. Eis por que eu disse aos israelitas: não comereis sangue de animal algum, porque a alma de toda carne é o seu sangue; quem o comer será eliminado" (Levítico 17, 14)

O sangue, como elemento vital, foi ganhando sentido sagrado, não se podia beber sangue nem se comer carne com resíduos desse elemento. O significado sagrado do sangue ganhou uma riqueza ainda maior quando ocorreu a libertação da escravidão. Deus chama Moisés para a missão de libertar seu povo da escravidão, que sofria por causa do império, do rei do Egito.

O Senhor disse a Moisés e a Aarão: "Este mês será para vós o princípio dos meses: tê-lo-eis como o primeiro mês do ano. Dizei a toda a assembleia de Israel: no décimo dia deste mês cada um de vós tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. Se a família for pequena demais para um cordeiro, então o tomará em comum com seu vizinho mais próximo, segundo o número das pessoas, calculando-se o que cada um pode comer. O animal será sem defeito, macho, de um ano; podereis tomar tanto um cordeiro como um cabrito. E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês; então toda a assembléia de Israel o imolará no crepúsculo. Tomarão do seu sangue e pô-lo-ão sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta das casas em que o comerem. Naquela noite comerão a carne assada no fogo com pães sem fermento e ervas amargas. Nada comereis dele que seja cru, ou cozido, mas será assado no fogo completamente com a cabeça, as pernas e as entranhas. Nada deixareis dele até pela manhã; se sobrar alguma coisa, queimá-la-eis no fogo. Eis a maneira como o comereis: tereis cingidos os vossos rins, vossas sandálias nos pés e vosso cajado na mão. Comê-lo-eis apressadamente: é a Páscoa do Senhor. “Naquela noite, passarei através do Egito, e ferirei os primogênitos no Egito, tanto os dos homens como os dos animais, e exercerei minha justiça contra todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. O sangue sobre as casas em que habitais vos servirá de sinal (de proteção): vendo o sangue, passarei adiante, e não sereis atingidos pelo flagelo destruidor, quando eu ferir o Egito. Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o com uma festa em honra do Senhor: fareis isso de geração em geração, pois é uma instituição perpétua” (Êxodo 12,1-14)

"O Preciosíssimo Sangue de Cristo deve ser acolhido com amor."
Foto: Wesley Almeida
Deus agiu para libertar o povo da escravidão. O povo sacrifica o cordeiro e unta os umbrais das portas das casas com sangue como sinal de que aquelas casas tinham a proteção especial do Senhor. Portanto, o mal não podia entrar naquelas casas para ferir os habitantes. Assim se celebrou a Páscoa de Israel.

A missão de Jesus se realiza pelo mistério de Seu sacrifício, de Sua entrega, imolação para libertar a humanidade da pior de todas as escravidões: O pecado.

João Batista recebeu a missão de preparar o caminho do Senhor, pregou o batismo da conversão às margens do rio Jordão. "No dia seguinte, João viu Jesus que vinha a ele e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo'" (João 1, 29). João Batista reconheceu na pessoa de Jesus o Cordeiro inspirado pelo Espírito do Senhor. O Cordeiro cuja missão é libertar o mundo do pecado, da escravidão, do maligno, que é o pecado.

Essa libertação ocorreu quando Jesus Cristo se ofereceu como vítima no altar da cruz e foi sacrificado. "Ninguém me tira a vida, mas eu a dou livremente" (Jo 10, 18). Mais do que ser sacrificado, o Senhor se ofereceu para o sacrifício da humanidade porque nos amou até o extremo.

O mistério do sacrifício de Cristo na cruz faz com que Seu Sangue derramado, mesmo que pela violência, é sinal do amor extremo, da misericórdia que Deus revelou à humanidade. O Preciosíssimo Sangue de Cristo deve ser acolhido, não como sinal de violência e agressão, mas como sinal de amor.

Deus quis manifestar toda potência do Seu amor para a humanidade no sinal do Sangue de Seu Filho; isso pode até nos assustar, mas o sangue é um elemento vital. O sangue é sinal de quem oferece a vida. Jesus a ofereceu para que tenhamos vida em abundância, para nos libertar do pecado. Não apenas fomos libertos do pecado, mas fomos acolhidos na comunhão com Deus. Diga: "Obrigado, Senhor, por vosso amor manifestado no Sangue de Jesus, o Nosso Salvador, que se ofereceu em sacrifício pelos nossos pecados. O Sangue do Cordeiro Imolado é também o sangue da nova e eterna Aliança."

A primeira aliança que foi selada entre Deus e Seu povo foi celebrada na Páscoa do Senhor na libertação da escravidão no Egito. Jesus quis tornar a Páscoa um sacramento. "Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados" (São Mateus 26,26-28). Assim Cristo instituiu o sacramento da Eucaristia, ofertado para nossa salvação. O Sangue da nova e eterna comunhão com Deus.

"Deus quis manifestar toda potência do Seu amor para a humanidade no sinal do Sangue de Seu Filho."
Foto: Wesley Almeida
O sangue tem a qualidade de agir no organismo para cicatrizar um corte, uma ferida. Na Antiguidade não existia o cimento, as pessoas construíam suas casas misturando o sangue dos animais na terra. O sangue tem esta propriedade de unir, a aliança. Ao instituir o sacramento da Eucaristia, Jesus revela que Seu sacrifício, oblação, imolação verdadeiramente aconteceriam não só para libertar a humanidade da escravidão do pecado, mas, para selar a comunhão, a união do coração humano ao de Deus. Pois não basta viver sem pecar, isso é uma grande graça, mas além disso é importante cultivarmos a união com Deus.

O Senhor se ofereceu em sacrifício e neste ofertório o sacerdote era o próprio Cristo. Jesus é o Sacerdote, o Cordeiro, o Sacrifício e o Altar. Ele foi sacrificado no altar da cruz, mas o sacrifício foi do Seu próprio Corpo.

"Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo), sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna. Pois se o sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo? Por isso ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a herança eterna que lhes foi prometida" (Hebreus 9, 11-15).

Cristo se ofereceu como vítima de expiação, o Sangue do Senhor tem o poder de purificar nossa consciência para servirmos ao Deus vivo. Sempre que celebro a Santa Missa, quando elevo o cálice, no meu íntimo faço a seguinte oração: "Jesus, que o Seu Sangue precioso me lave da escravidão do pecado". Eu creio verdadeiramente que Deus me amou e quero viver minha vida comprometida com o mistério pascal deixando me transformar pelo amor do Senhor.

Celebrar o dom precioso de Cristo é celebrar o Deus vivo. Você é um devoto do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo só quando participa da Santa Missa? Por amor fazemos de nós mesmos um bem, uma oferta para o bem dos outros.

Amar e promover o bem na vida das pessoas é também um sacrifício. Não tenha medo da dor, essa dor redime o nosso coração. Na adoração ao Santíssimo Sacramento, peça a graça de ser o devoto do mistério redentor que foi derramado na cruz.
Transcrição e adaptação: Thaís Capucho


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Trecho do livro "Considerai como crescem os lírios" de Monsenhor Jonas Abib

Mensagem do dia
 
Quinta-Feira, 01 de julho 2010
Em Jesus temos a vitória! Estamos em tempos de guerra! Há muita confusão no mundo; controvérsias na própria Igreja de Deus. A razão disso tudo é a seguinte: o inimigo de Deus sabe que seu tempo está acabando e que Jesus se aproxima a passos largos. Eis a razão de toda sua artimanha para estragar a obra de Deus... a começar por nós. Tudo o que ele tem feito no mundo é devido a seu desespero: ele sabe que pouco tempo lhe resta.

E qual deve ser nossa atitude? Se nos entregamos a Cristo, servindo-Lhe e lutando com Ele contra o maligno, temos n'Ele a vitória. Ao contrário: se andamos pelos caminhos do mundo, seguindo a carne, damos a vitória ao inimigo de Deus. Não pense que precisamos ser maus, desonestos, impuros, adúlteros e beberrões para ser do inimigo e trabalhar para ele. Basta largar Jesus. Basta isso! E o inimigo vem com tudo para nos abocanhar. Eis o segredo: nós damos a vitória Áquele a quem escolhemos, a quem seguimos, a quem servimos.

O grande mal é querer ser de Deus e do mundo ao mesmo tempo. Grande insensatez! Quanto ao mundo, estamos nele. Quanto ao Senhor, pertencemos a Ele.

É preciso decidir, com urgência, com quem ficar. Se de um lado, Deus nos atrai, de outro o inimigo nos arrasta. “A quem quereis servir?”

Mais do que nunca, devemos ser inteira e exclusivamente do Senhor. Não dá para ficar com um pé aqui e outro lá. Eis nossa luta: “Tende coragem, filhos, e clamai a Deus, pois aquele que vos feriu lembrar-se-á de vós. Assim como tivestes o propósito de vos afastar de Deus, depois de convertidos, multiplicai vossos esforços para procurá-lo!” (Baruc 4,27-28).

(Trecho do livro "Considerai como crescem os lírios" de Monsenhor Jonas Abib)

Monsenhor Jonas Abib