quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tenha fé

Fomos marcados por um conceito totalmente errado sobre fé. Como se esse dom fosse somente acreditar, com a inteligência, na existência de Deus; acreditar nos dogmas da Igreja, na virgindade de Maria, na ressurreição da carne, na inefabilidade do Papa... Sem dúvida, é também tudo isso. Mas o primeiro passo de fé não é crer intelectualmente, e sim confiar em Deus: naquilo que Ele é. Acreditar nas verdades que a Igreja ensina é uma consequência da fé.

Vencemos o demônio resistindo firmes na fé. E firmes na fé significa acreditar na vitória do Senhor em nós. Talvez pensemos que a nossa posição é defensiva, mas o Senhor nos ensina o contrário. Nossa atitude é de reação; reagir firmes na fé.

Reagir fortes na fé: esta é a vitória de Deus na nossa casa, na nossa família.

Qual é o seu impossível: uma doença? Uma deficiência física? Algum alcoólatra na família? Desemprego? Seja o que for Jesus se compadece de você. Ele é o primeiro a estar junto para derramar bênçãos sobre sua vida. Aproxime-se do Senhor e, pela fé, apresente o seu impossível a Ele e creia que Ele virá em seu socorro. Creia que Ele fará o melhor acontecer. Tenha fé.

Deus o abençoe

Seu irmão, Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O poder de um super-homem

O apoio o faz sentir-se convicto de seus propósitos
No convívio do nosso dia-a-dia percebemos que, ao contrário das mulheres, são poucos os homens que se dispõem a elogiar o desempenho ou a atitude de um colega de trabalho. Quando estes ousam reconhecer o feito do outro, quase sempre se limitam a fazê-lo por meio de poucas palavras, tais como: “Parabéns!” ou “Foi um bom trabalho!”. Talvez resistam tanto em consequência de uma disputa inconsciente e ainda primitiva – herança de seus ancestrais – disputa esta que os obrigava a garantir a supremacia dentro de seu grupo. Ao depararem com um amigo que se encontra aborrecido com alguma coisa, também reagem de maneira superficial com as palavras. Eles mal se oferecem para escutar o companheiro, mas, tentam ajudá-lo com uma outra atitude na tentativa de desviar a preocupação do colega a respeito do problema.
A decisão e a responsabilidade de cuidarem de todas as necessidades da casa como provedores, de dirigirem e gerenciarem seus empreendimentos, geralmente recaem sobre eles. Na vida familiar, diante de um impasse, quase sempre, ficará por conta do homem da casa o “Voto de Minerva”. Mas nem por isso essa atitude deve torná-lo alguém absolutista! A flexibilidade para acolher a derrota é ainda um exercício a ser aprendido ou, quem sabe, mais bem trabalhado por esses aspirantes a “super-homens”.

Embora manifestem autoconfiança, senso de proteção e austeridade, ao vivenciarem suas falhas e limitações o mundo parece ruir sobre suas cabeças. Diante dos acontecimentos malsucedidos, quando se sentem esmorecidos pelas circunstâncias, a grande maioria dos homens raramente se dispõe a partilhar suas dificuldades. Muitos preferem tentar encontrar a solução de seus problemas por conta própria. Uma simples mudança de planos parece mudar toda a ordem e o equilíbrio natural do universo masculino. Basta que alguma coisa aconteça fora do que havia sido anteriormente planejado para que a autoestima destes caia por terra. O estresse e o medo de se sentir perdedor afligem, com grande facilidade, boa parte da população masculina.

Que palavras poderiam fazer um homem se sentir melhor diante do envolvimento numa leve colisão no trânsito? Ninguém é perfeito o bastante, tampouco está livre dos contratempos impostos pela vida. Embora, nessa circunstância, ele possa se sentir o pior dos motoristas, a imprudência momentânea no volante não o destitui de suas capacidades.

Diante da derrota, não importa se se é um grande empresário ou um modesto pai de família desempregado, muitos homens enveredam pelos caminhos da depressão ao reconhecerem que não eram tão bons quanto pensavam para um determinado empreendimento.

Todas as mudanças são possíveis ao ser humano quando estas acontecem por meio da valorização daquilo que trazemos como positivo.

Assim, cabe às mulheres perceberem que as boas palavras e o voto de confiança manifestados a eles agem tal como adrenalina e parecem ajudar a reafirmá-los naquilo que buscam ser. O apreço às suas capacidades de reação diante dos embates e às suas conquistas, ainda que pequenas, tem o poder de reanimar seus espíritos. Esses estímulos podem ser expressos por meio das recordações de acontecimentos anteriores que também lhes pareciam intransponíveis, contudo, foram superados.

Alguns homens, mesmo sabendo do poder robustecedor de um elogio, ainda relutam em assimilar uma palavra estimuladora diante de suas falhas e dificuldades. Para uma parcela desse grupo, tem-se a impressão de que se deixar acolher por gestos mais sensíveis lhes tiraria um pouco do seu “ser homem”. Há outros que, embora gostem de ser reconhecidos, se sentem meio desconcertados e encabulam-se quando recebem tal manifestação de afeto.

Não há poder maior de revitalização para os homens do que perceber o apoio incondicional daqueles pelos quais são responsáveis. Isso os faz se sentirem mais fortes e convictos de seus propósitos.

Se há confiança e aprovação naquilo que estão empreendendo, seja na idealização de um novo sonho ou na realização de um novo projeto, os laços existentes dentro de seus relacionamentos tendem a se fortalecer. Consequentemente, o crescimento não deixará de acontecer, tanto em relação àquilo que diz respeito ao seu lado profissional como em relação às mudanças necessárias para o crescimento da vida do casal. Ainda que possam parecer “durões”, esses super-homens adquirem poderes especiais quando experimentam a sensação de não enfrentarem sozinhos os desafios.

Deus abençoe a todos.


Fonte : CN  / Dado Moura

O amor e o perdão caminham lado a lado

O amor e o perdão caminham lado a lado. A natureza humana e a nossa tendência para o pecado nos levam a agir de forma contrária à vontade de Deus. Muitas vezes não conseguimos encarar os acontecimentos na visão do amor.

O joio que o inimigo semeia no meio dos filhos de Deus é o desamor e a recusa em dar o primeiro passo para perdoar.

O perdão é um ato de vontade e, se não lutarmos para sair de nós mesmos, se não deixarmos de lado o nosso orgulho e formos ao encontro dos nossos irmãos, perderemos tudo e todos. A lei do amor precisa triunfar em nossa vida, em nossa casa, em nossa família. Quantas famílias, casamentos e comunidades cristãs estão sendo destruídos pela falta de perdão.

Precisamos entender: o perdão é a chave que nos devolve a unidade e que nos conduz a uma vida no amor. Não podemos nos deixar levar pelos sentimentos. Os nossos sentimentos nos arrastam e nos levam a fazer o que não devíamos.

Deus o abençoe!
Fonte : Monsenhor Jonas Abib

O mal é privação do bem – Santo Agostinho

Toda natureza (natura) que pode tornar-se menos boa, todavia, é boa. De fato, ou bem a corrupção não lhe é nociva, e nesse caso ela é incorruptível; ou bem, a corrupção atinge-a e então ela é corruptível. Vem a perder a sua perfeição e torna-se menos boa. Caso a corrupção a privar totalmente de todo bem, o que dela restará não poderá mais se corromper, não tendo mais bem algum cuja corrupção a possa atingir e, assim, prejudicá-la. Por outro lado, aquilo que a corrupção não pode prejudicar também não pode se corromper, e assim esse ser será incorruptível. Pois eis algo totalmente absurdo: uma natureza tornar-se incorruptível por sua própria corrupção.
Por isso se diz, com absoluta verdade, que toda natureza enquanto tal é boa. Mas se ela for incorruptível será melhor do que a corruptível. E se ela for corruptível – já que a corrupção não pode atingi-la senão tornando-a menos boa, ela é indubitavelmente boa. Ora, toda natureza ou é corruptível ou incorruptível. Portanto, toda natureza é boa.
Denomino “natureza” o que habitualmente se designa pela palavra “substância”. Conseqüentemente, posso dizer que toda substância é Deus ou procede de Deus, e assim tudo o que é bom é Deus ou procede de Deus.
A reprovação devida aos defeitos vem a ser louvor ao Deus supremo
37. Uma vez essas verdades tendo sido firmemente estabelecidas, como ponto de partida de nosso raciocínio, atende, ó Evódio, ao que vou dizer: toda natureza racional, tendo sido criada com o livre-arbítrio da vontade, é, sem dúvida alguma, digna de louvor, caso se mantenha fixa no gozo do Bem supremo e imutável. A mesma coisa quanto à natureza que se esforça por se fixar nele permanentemente deve ela igualmente ser louvada. Pelo contrário, toda natureza que não esteja fixa naquele Bem supremo e recusar-se a trabalhar para aí se manter, é digna de ser censurada (vituperanda est), na medida em que aí não estiver e não fizer o necessário para isso.
Logo, se é digna de louvor uma natureza racional, que não é senão criatura, não há dúvida que também deve ser louvado Aquele que a criou. E caso ela seja censurada, ninguém duvida que seu Criador vem a ser igualmente louvado por essa censura. Com efeito, se o que reprovamos nessa criatura é precisamente o fato de não querer gozar do Bem supremo e imutável, isto é, de seu Criador – é bem este a quem louvamos, sem dúvida alguma.
Ó quão grande é, pois a bondade divina, e de quantos inefáveis louvores todas as línguas e todos os pensamentos devem celebrar e honrar o Deus, criador de todas as coisas. Visto que não podemos, sem o louvar a ele mesmo, ver dirigidos a nós louvores ou censuras! Com efeito, não podemos ser reprovados por não permanecermos unidos a ele, a não ser porque essa união constitui o nosso grande, supremos e primeiro bem. E donde procede tudo isso, se não porque Deus é o inefável?
Como, pois, poder-se-ia encontrar em nossos pecados algo de censura, em referência a Ele, quando não podemos condenar tais pecados, sem proclamarmos os seus louvores?
Não se pode reprovar o vício sem louvar a natureza
38. Pois bem! Nas mesmas coisas que reprovamos, não é unicamente o defeito ou vício (vitium) que reprovamos? Ora, não se pode reprovar o vício de natureza alguma sem louvar implicitamente a essa natureza. Com efeito, ou bem aquele que censuras é conforme à natureza do seu ser, e então não é um defeito, e é a ti que convém corrigir o julgamento errôneo, para que saibas censurar a propósito, e assim o teor de tua reprovação não seja indevido. Ou então, caso se trate de um vício, para ser justamente reprovado, tem forçosamente de ser contrário à mesma natureza. Porque todo vício, pelo fato mesmo de ser vício, é contrário à natureza. Efetivamente, se não prejudicar a natureza não será tampouco vício. Inversamente, se for vício por afetar a natureza de modo nocivo, é claro ser também vício pelo fato de ser contrário à natureza.
Agora, se uma natureza for corrompida não por seus próprios vícios, mas pelos de outra natureza, então ela será censurada injustamente. Devemos antes procurar se a outra natureza da qual o vício a pôde corromper não está ela mesma corrompida por seus próprios vícios.
Mas o que é ser viciado a não ser estar corrompido pelo vício? Ora, uma natureza que não está viciada não possui vício algum. Ao passo que a natureza cujo vício pôde corromper outra natureza certamente esta viciada. Logo, a primeira está corrompida por seu próprio vício. Ela, cujo vício pôde corromper as outras naturezas. Donde se segue esta conclusão: todo vício é contrário à natureza, exatamente daquela mesma natureza da qual vem tal vício.
É porque se conclui que em todas as coisas não se reprova a não ser o vício e este não vem a ser constituído vício, senão por sua oposição à natureza do ser onde se encontra. E não se pode reprovar com justeza o vício de coisa alguma, a não ser que se louve a natureza dessa mesma coisa.
Com efeito, nada pode com razão te desagradar no vício, a não ser o fato de que ele vicia o que te agrada na natureza.

Fonte:  http://beinbetter.wordpress.com/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Vaticano publica normas para o regresso dos anglicanos

O Vaticano publicou nesta segunda-feira, 9, a Constituição Apostólica Anglicanorum coetibus, que apresenta as normas para o regresso dos grupos anglicanos à Igreja Católica, assim que os mesmos o solicitem.

O documento havia sido anunciado no dia 20 de outubro pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Levada. Na ocasião, ele destacou os “numerosos pedidos” de grupos de clérigos e fiéis anglicanos que desejam “entrar em comunhão plena e visível” com Roma.

A Constituição Apostólica introduz uma estrutura canônica que possibilita uma “reunião corporativa”, estabelecendo ordinariatos pessoais. Sendo assim, os fiéis anglicanos poderão entrar na Igreja Católica e preservar os elementos específicos de sua liturgia e espiritualidade.

Sacerdotes

Este modelo prevê que os sacerdotes anglicanos já casados poderão tornar-se sacerdotes católicos, enquanto os bispos não deverão ser casados.

O documento cita a Encíclica Sacerdotalis Caelibatus, de Paulo VI (1967), em que se admitia “o estudo das condições peculiares de sacerdotes casados, membros de Igrejas ou comunidades cristãs ainda separadas da comunhão católica, os quais desejando aderir à plenitude desta comunhão e nela exercer o sagrado ministério, forem admitidos às funções sacerdotais”.

Isso não significa uma mudança na disciplina da Igreja Católica quanto ao “celibato” dos padres. O Papa Bento XVI afirma que a regra será a admissão de “celibatários” como padres, no futuro, embora admita que se possa solicitar a admissão de homens casados, verificando “caso por caso”.

O entendimento foi conseguido de comum acordo com a Comunhão Anglicana e trata-se de um desenvolvimento do caminho ecumênico que a Igreja Católica está decididamente intencionada a prosseguir na estrada traçada pelo Concilio Vaticano II.

Quanto aos seminaristas, serão formados “juntamente” com os da Diocese, especialmente nas áreas doutrinais e pastorais, mas prevê que os futuros padres dos ordinariatos pessoais agora criados tenham uma formação no “patrimônio anglicano”.

Diálogo ecumênico

A Congregação para a Doutrina da Fé publicou um conjunto de normas complementares, que irão guiar a implementação desta Constituição. Para o Vaticano, este documento de Bento XVI abre “uma nova avenida para a promoção da unidade dos cristãos”, assegurando, ao mesmo tempo, a “legítima diversidade” na expressão da fé comum.

É sublinhado que não se trata de uma iniciativa da Santa Sé, mas de um “resposta generosa do Santo Padre às legítimas aspirações destes grupos anglicanos”.

Fonte: CN / redaçaõ

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Até aonde é pecado e aonde está escrito na biblia que adorar imagem é pecado?

Para tirar essas suas duvidas sugiro a leitura do nosso livro "Intercessão dos Santos - imagens e reliquias"

No livro do Êxodo 20,4-5 Deus parece proibir o uso de imagens. Mas porquê essa proibição? Porque podiam ser ocasião a que o povo de Israel as adorassem, como faziam os povos vizinhos dados à idolatria. Os israelitas tendiam a imitar gestos religiosos pagãos e, por isso, muitas vezes cairam na idolatria. Deus queria incutir o conceito de Javé, mostrando que o Senhor era diferente dos deuses dos outros povos.

Tomadas as cautelas contra o perigo da idolatria, Deus não somente permitiu, mas até mandou que se fizessem imagens sagradas. Veja:

* Ex 25,17-22 - Deus manda Moisés colocar 2 querubins de ouro na Arca da Aiança, onde Javé falava com seu povo.

* 1Rs 6,23-28 - No Templo construído por Salomão foram colocados querubins de madeira junto à Arca da Aliança. E as paredes do templo tinha imagens de querubins. Tudo feito com ordem de Deus, conforme vemos em 1Cr 22,6-13, e em Ex 31,1-11.

* 1Rs 7,25.29 - No Templo de Salomão havia também bois de metal, leões, touros e querubins.

* Nm 21,8-9 - Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze, e quem olhasse para ela seria salvo.

No século III, encontramos sinagogas da Palestina com pinturas e figuras humanas. A sinagoga de Dura-Europos, na Babilônia, tinha a representação de Moisés, Abraão e outros.

As antigas catacumbas cristãs apresentavam imagens bíblicas. Noé salvo do diluvio, Daniel na cova dos leões, o Peixe que simbolizava o Cristo e muitas outras.

A veneração que a Igreja presta às imagens, só é válida na medida em que é oferecida indiretamente àqueles que as imagens representam.

Veja alguns depoimentos sobre o uso das imagens:

- "Uma coisa é adorar uma imagem, outra coisa é aprender, por essa imagem, a quem se dirige as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os iletrados. Por essas imagens, aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler" (Papa São Gregório Magno).

- "Qunato mais os fiéis contemplarem essas representações, mais serão levados a recordar-se dos modelos originais. Uma veneração respeitosa sem que isto seja adoração, pois esta só convém, segundo a nossa fé, a Deus." (Concílio de Nicéia II).

- "Ninguém há tão simples e iletrado que possa desculpar-se de não saber como viver retamente, quando tem diante de si na imagem do Crucificado, um livro ilustrado, escrito, de forma clara e legível, em que todas as virtudes são aprovadas e todos os vícios reprovados." (Jean Gerson).

- "Outrora Deus invisível, nunca era representado. Mas agora que Deus se manifestou na carne e habitou entre os homens, eu represento o "visível" de Deus. Não adoro a matéria, mas o Criador da matéria." (ib I.16).

Data Publicação: 13/11/2007

Fonte : cleofas

Ministra italiana responde a tribunal europeu: "Não tiraremos crucifixos das salas de aula"

Roma,- A Ministra de Educação, Mariastella Gelmini, rechaçou a sentença do Tribunal europeu de Direitos humanos que apóia a retirada dos crucifixos das escolas públicas, e assinalou que "ninguém, ainda menos um tribunal europeu impregnado de ideologia, conseguirá arrancar a nossa identidade".
O Tribunal com sede em Estrasburgo estimou que a presença de crucifixos nas salas de aula pode ser "molesta" para os alunos que pratiquem outras religiões ou que sejam ateus e assinalou que "o Estado devia abster-se de impor crenças em lugares dos quais dependem as pessoas. Em concreto, devia-se observar uma neutralidade confessional no contexto da educação pública".
O caso foi apresentado ao Tribunal por Soile Lautsi, cujos filhos de 11 e 13 anos assistiram no curso 2001-2002 à escola pública "Vittorino da Feltre", de Abano Terme ao nordeste da Itália, onde cada sala de aula exibe um crucifixo.
Depois de perder em todas as instâncias nacionais, Lautsi foi ao Tribunal europeu que sentenciou a seu favor e ordenou a Itália a pagar cinco mil euros de indenização. Porta-vozes do Governo anteciparam que apelarão a sentença.
Entretanto, a Ministra Gelmini repudiou a sentença e explicou à imprensa que "a presença de crucifixos nas salas de aula não significa uma adesão ao catolicismo, mas que representa a nossa tradição".
"A história da Itália está cheia de símbolos e se eles forem eliminados se termina por eliminar parte de nós mesmos", indicou.
Depois de esclarecer que "neste país ninguém quer impor a religião católica", recordou que a Constituição italiana "reconhece justamente o valor da religião católica para nossa sociedade".
Por sua parte, o Ministro da Agricultura, Luza Zaia, deplorou a sentença e considerou que "a Corte decidiu que os crucifixos ofendem a sensibilidade dos não cristãos. Quem ofende os sentimentos dos povos europeus nascidos do cristianismo é sem dúvida a Corte. Que se envergonhem!".
Além disso, o Ex-ministro da Cultura, Rocco Buttiglione, considerou que se trata de "uma sentença desprezível" e pediu rechaçá-la com firmeza porque "a Itália tem sua cultura, suas tradições e sua história. Os que vêm viver entre nós devem entender e aceitar esta cultura e esta história".
Fonte: ACI

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Bento XVI receberá presidentes da Argentina e Chile

Em comemoração aos 25 anos da assinatura do Tratado de Paz e Amizade de 1984, as presidentes do Chile, Michelle Bachelet, e da Argentina, Cristina Fernández Kirchner, vão visitar o Papa Bento XVI, no próximo dia 28 de novembro.

O objetivo da audiência é recordar a mediação do Papa João Paulo II, que na época afastou o perigo de uma guerra entre os dois países que disputavam a soberania do Canal de Beagle. Também será a oportunidade para celebrar as boas relações atuais entre Santiago e Buenos Aires.

Para a presidente Bachelet, "a superação das antigas hipóteses de conflito deu lugar a uma nova etapa de cooperação, transparência, confiança e associação política, para projetar de maneira conjunta nosso esforço para construir uma região e um mundo mais estável".

As presidentes chegarão ao Vaticano no mesmo carro, que terá as bandeiras de Chile e Argentina. Trata-se da primeira vez também que Bento XVI receberá duas chefes de Estado juntas.



 Fonte :Da Redação, com Rádio Vaticano

Nossa realização e felicidade estão em Deus

Religião é religar aquilo que, infelizmente, foi desligado. Deus criou as coisas unidas. O homem é ao mesmo tempo divino e humano. A linda síntese do divino e do humano acontece na pessoa humana. Infelizmente, foi o mal e o pecado que os separou.

Deus e o homem ficaram separados. Não foi Deus quem se separou. Foi o homem quem se desgarrou para longe do Senhor. Religar é a grande obra que nos é confiada. Deus quer isso. Para tal, Ele investiu seu Filho para religar aquilo que foi desligado. Nós precisamos de Deus. Somos de Deus. Pertencemos a Deus. A nossa realização e a nossa felicidade estão em Deus, somente em Deus. Fora d'Ele estamos sem norte, sem rumo, andamos à deriva. Perdemos a meta.

Enquanto você estiver longe, você estará sempre em desterro, sempre estará nesse vale de lágrimas. A sua alegria, a sua paz, a sua realização e a sua felicidade estão em você se voltar para Deus. Quanto mais você se aproximar do Senhor, tanto mais alegre, mais feliz e mais realizado você será.

Religião é para isso: unir o que foi desunido; religar o que foi desligado.

Deus o abençoe!
Fonte : CN / Monsenhor Jonas Abib